Ao longe, envolto em neblina, o objetivo!
O
Monte Verde é o ponto mais elevado da ilha de São Vicente, com 750 metros de altitude,
e situado a cerca de 8 km do Mindelo, capital da ilha. Segundo todos os guias
turísticos, ponto de passagem obrigatório para quem visita a ilha.
O
Monte Verde está classificado como Parque Natural, com 312 hectares, sendo o
único representante de zona sub-húmida de São Vicente. A incidência de humidade
na plataforma do topo é um responsável por surpreendente microclima que contrasta
com a aridez das outras zonas da ilha.
O Monte
Verde é formado por tufos vulcânicos recortados por filões basálticos.
Uma semana depois da expedição ao Alto Martins, fizemos, com o mesmo grupo e mais alguns amigos, esta subida ao Monte Verde.
Pouco depois da saída da Ribeira da Craquinha, tivemos
uma boleia numa pick-up que nos
levou, em grande velocidade, por caminhos pedregosos de terra vermelha, ao ritmo uma
batida musical no som máximo!
Apeados do turbulento meio de locomoção, iniciámos a
caminhada em direção à montanha, por veredas estreitas e caminhos tortuosos. Grau de dificuldade elevado, paisagens e contacto com a natureza, magníficos!
Tudo teve de ser carregado: água, alimentos (para confecionar o pequeno-almoço e o almoço), panelas e lenha.
Numa paragem, surgiu-nos, por entre as rochas, o Pablo na versão "guerreiro da montanha". Depois, acompanhou-nos na expedição.
Solitária e imponente, uma palmeira no vale...
A avançar por caminhos de cabras, com a vegetação a marcar presença graças à chuva dos últimos dias.
O Vady, com uma interessante história de vida, a posar para a posteridade.
À medida que subíamos, a visibilidade reduzia-se...
Ao longo do caminho, muita conversa, alegria, prazer de estar com o próximo e muuuitos momentos a posar para a objetiva...
Junto a uma casa abandonada, uma zona abrigada deu-nos as condições para cozinhar. Aqui, o pequeno-almoço. Mais tarde, no mesmo espaço, o almoço. Tudo feito e consumido na hora.
Terminado o pequeno-almoço, continuámos em direção ao ponto mais alto.
Já no topo: Andi (em baixo), Pablo, Máxi, Bia, eu e o Djay.
Na varanda da montanha, a avaliar a paisagem...
Tirando partido de um microclima húmido, único na ilha, cultiva-se, em socalcos, um pouco de tudo: feijão de diferentes espécies, batata-doce, batata-inglesa, abóbora, milho...
No ponto mais alto, como um marco geodésico, o Pablo.
Depois do almoço, conversas cruzadas, jogos e descontração. Ainda não foi desta que me iniciei no xadrez...
A foto com o grupo da aventura (quase completo).
À volta, sempre presente, bela e imponente, a natureza vulcânica do terreno.
Depois de atravessar caminhos de terra batida, um momento de pausa na estrada, sobre as pedras aquecidas pelo sol do fim da tarde.
Passagem por uma das raras zonas com árvores (poucas), onde também há uma nascente. Nome deste local: a floresta! ;)
Quase no fim da aventura...
Num cenário irrealista, o sol a despedir-se do dia...
Chegámos à Ribeira da Craquinha já de noite, cansados mas felizes pela aventura.
Foi um momento alto com pessoas interessantes que vou guardar na memória.
Já em Portugal, mas com uma parte do coração em São Vicente.
António