Como um postal ilustrado, um último olhar sobre a baía Ana Chaves.
Última deslocação à Dimix.
Depois de check-in, ainda tempo para uma cerveja gelada, com a Sónia (responsável pela Dimix), no Bigodes.
Depois de quase mês e meio nas ilhas encantadas, chegou
ao fim a “Missão São Tomé”.
Durante o mês de fevereiro, fiquei alojado na Fundação
Novo Futuro com as minhas colegas voluntárias (Francisca, Isabel e Leonor) e as
dez crianças, dos 6 aos 17 anos, ali residentes. Nesta situação, nova para mim, o grande desafio foi a gestão dos afetos, tendo em vista uma
separação “tranquila” no final da missão. Acho que correu bem.
Simultaneamente:
a) Orientei uma espécie de estudo acompanhado
em língua francesa, durante quatro horas por semana, no espaço da Associação Dimix, com o Dinix (um jovem de sorriso fácil e coração limpo, apesar das pedras que a vida lhe tem posto no caminho); b) Desenvolvi, com as minhas colegas, trabalho de
catalogação de livros na pequena biblioteca da escola básica D. Maria de Jesus; c) Organizei um portefólio de materiais (fichas e guias) de língua portuguesa
para as crianças da Fundação.
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No trabalho de orientação de formações, desenvolvido
sobretudo em março, trabalhei com professores do 1.º ciclo (dois seminários
centrados na língua portuguesa), com professores e alunos na universidade (dois
seminários: língua portuguesa e construção de instrumentos de avaliação) e, em
cooperação com os Leigos para o Desenvolvimento, com a
comunidade (três seminários: um na capital e dois no Sul, em Porto Alegre), incidindo sobre o
uso escrito e oral da língua portuguesa e também língua francesa para reforçar as
competências do Clube de Surf nas interações com os turistas franceses.
Quanto aos muitos materiais escolares de escrita e dicionários recolhidos, tiveram como destinatários a Fundação Novo Futuro, famílias cujas casas arderam durante
a realização da missão, a Associação Dimix e agregados familiares pobres que
fui conhecendo. Tudo entregue com o meu e o vosso carinho!
A dificuldade de acesso à Internet não me permitiu ir apresentando situações, emoções e aventuras, como em anteriores missões. Com os
materiais recolhidos (fotos e notas), irei partilhando alguns textos com o título
geral “Missão S. Tomé: memórias”.
Em princípio, não voltarei a partir em missões que
impliquem o pagamento de todas as despesas pelo voluntário. Que haja pelo menos
a garantia do fornecimento gratuito, no país de destino, de alojamento e
alimentação.
Mais uma vez, o meu obrigado a todos os amigos e
colegas que ajudaram a financiar este projeto.
MISSÃO CUMPRIDA! ;)
ABRAÇO.
P.s.: A estratégia de andar sempre a pé na cidade, deu frutos. As duas a três horas diárias a dar uso às perninhas equivaleram a sete quilos perdidos!