Um momento da formação: atentos, o Domingos e a Fátima seguem a apresentação do meu colega de trabalho Rui Ramos, da Universidade do Minho.
Depois de uma viagem cansativa
Lisboa-Casablanca e, quatro horas depois, Casablanca-Bissau, cheguei ao destino
pela madrugada dentro.
No âmbito do projeto de
reforma do ensino básico da Guiné-Bissau (parceria da Universidade do Minho,
UNICEF e Fundação Calouste Gulbenkian), iniciei o trabalho de formação de formadores na
Escola Superior de Educação Tchico Té em Bissau. Assunto: aprofundamento de conhecimentos
e competências em língua portuguesa.
Logo pela manhã, saída do
hotel e procura de táxi.
E que táxi! Sem cintos de
segurança, estofos com buracos e um fio elétrico a servir de puxador no interior
da porta. O vidro da frente, estilhaçado em vários pontos, parecia saído de um cenário de guerra. Como pano de fundo, saía da
instalação sonora o que me pareceu ser uma oração em árabe, o que não é
surpreendente, uma vez que cerca de metade da população é islâmica.
O momento alto da curta viagem
estava-me reservado… Entrei para o lado do condutor e sentei-me no que parecia
ser um inocente banco. Assim que me sentei, apercebi-me de que o estofo estava
vazio por dentro. Sem que nada pudesse fazer, as nádegas, apanhadas
desprevenidas, preencheram o espaço da estrutura metálica, em forma de quadrado. A
cada buraco (havia muitos!) da estrada, o rabo afundava-se mais e mais, como que impelido por uma força invisível. Estupefacto,
pensava para mim mesmo: “Acontece-me cada uma!” Chegado ao destino, foi com
dificuldade que me desencaixei daquela armadilha de traseiros. Com a dignidade
possível, lá fui para a formação.
Como prometido aos amigos,
irei dando conta das pequenas coisas desta aventura.
Abraço!
ProfAP
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