O prazer do reencontro com jovens amigos guineenses: Vanessa, Braima (o 1º na mesa, à esquerda), Abdu (3.º) e Ednilson (4.º). Na mesa estava também um jovem timorense.
No âmbito do encontro “Dar Voz a Experiências de Mentoring”, promovido pela Universidade
de Aveiro (UA), no passado dia 19/5, tive oportunidade de rever, com muita satisfação, três jovens da
turma de aprofundamento de conhecimentos de língua portuguesa que orientei em
Bissau em agosto/setembro de 2016.
Além de representantes de vários departamentos /estruturas da UA, participaram
no encontro uma comitiva da “Ser Mais Valia” (associação de voluntariado de que faço parte), a presidente da associação
“Novo Futuro em S. Tomé e Príncipe” e jovens de vários países lusófonos,
sobretudo de Timor-Leste e Guiné-Bissau.
Nunca me tinha dado conta das dificuldades que estes jovens têm de ultrapassar. São-lhes atribuídas as bolsas e de imediato começam as provações.
Nunca me tinha dado conta das dificuldades que estes jovens têm de ultrapassar. São-lhes atribuídas as bolsas e de imediato começam as provações.
Conseguir
o visto (do país que lhes concedeu as bolsas…) é um processo complicado e
demorado. Alguns só entram nas turmas perto do final de novembro. Se juntarmos
a esse absurdo o “detalhe” de lhes ser retirada a bolsa se não tiverem
aproveitamento, está feito o caldinho…
Perceber o que os professores dizem, pela rapidez com que falam e pelo
fechamento/desaparecimento de algumas vogais, é outro desafio.
Chegar
de um país de um país tropical e cair no inverno de Trás-os-Montes, como
aconteceu com um jovem guineense, é obra!
Ficou
claro para todos os participantes que deveria haver um acompanhamento dos
jovens na resolução das burocracias e na receção no aeroporto e encaminhamento e integração no estabelecimento de ensino.
Saúde-se o facto de os bolseiros se sentirem apoiados e ajudados pelos colegas de turma
e não terem sentido qualquer discriminação ou preconceito.
Apesar
do desânimo inicial (e até vontade de desistir e voltar aos países de origem), sentem que estão a dar a volta por cima e acreditam num futuro com sucesso.
Que assim seja!
ProfAP
Obs.: A “Ser Mais Valia”, no âmbito do projeto “Kipor
Mentoring”, tem vários dos seus
voluntários a acompanhar os jovens guineenses que receberam bolsas desde 2016,
dando-lhes apoio técnico (nos cursos que estão a frequentar e nas competências
essenciais de língua portuguesa) e anímico (ter alguém disponível para
conversar, desabafar, ou seja, um ombro amigo sénior, pode fazer toda a diferença).
a recompensa da dádiva de um professor está no rosto de quem dá e de quem recebe...para mim é comovente ...
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