Das pradarias do Canadá até à minha horta!
No mundo em que a diversidade vegetal está cada vez mais ameaçada, sobretudo nas plantas comestíveis, vivi hoje a emoção de encontrar à venda no mercado de Azeitão uma espécie pouco conhecida de que já tinha ouvido falar, mas que nunca tinha visto ao vivo: o tupinambo. Adquiri algumas plantas (na imagem) e partilho a seguir as informações que encontrei sobre este interessante alimento.
Embora o termo tenha
origem nos Tupinambás (povos indígenas que viviam no Brasil), o tupinambo, também conhecido como
girassol-batateiro e alcachofra-girassol, é uma planta nativa da América do
Norte.
Pode atingir os
três metros de altura, sendo as suas raízes (tubérculos) comestíveis. As flores
amarelas, como se de um malmequer se tratasse, também são comestíveis.
Existem
variedades com tubérculos brancos, vermelhos ou violetas.
Imagem encontrada AQUI.
Muitas vezes, o
tupinambo é usado em jardins de forma ornamental, mas a maioria das pessoas
desconhecem que as suas raízes são comestíveis.
Desenvolvendo-se
debaixo como a batata, este tubérculo, extremamente rico em vitaminas A, B3, C,
ferro, cobre, fósforo, magnésio, zinco e potássio, é energético e deve ser
consumido por diabéticos, pois a sua substância de reserva é a insulina que se
encontra próxima da frutose e não influencia os valores de glicemia no sangue.
O tupinambo deve ser
consumido quando chega à maturidade, isto é, apenas quando a parte aérea da
planta estiver seca, de diferentes formas: cru ou ralado em saladas ou cozinhado
como a batata (frito, cozido, assado, purés, etc.).
Cresce de forma
espontânea nas pradarias do Canadá e do nordeste dos Estados Unidos e julga-se
ter sido descoberta por Samuel Champlain, navegador e explorador que escreveu
no séc. XVII sobre a vida e os costumes dos Índios, que descobriu que alguns
nativos do Canadá utilizavam o tupinambo na sua alimentação. Terá sido
Champlain quem primeiro trouxe este alimento para a Europa em 1625, tendo-se
este difundido mais rapidamente do que a batata, tanto como planta forrageira
como para alimentação humana. Depois, parece ter caído no esquecimento, dando lugar
à grande popularidade da batata.
Atualmente, o
tupinambo parece voltar a estar em voga, sobretudo nos meios da permacultura e
da agricultura biológica, por ser uma planta de fácil cultivo, mesmo em solos
pouco férteis, resistente à seca, ao frio e a doenças e predadores.
Fontes:
Abraço.
ChefAntónio
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