Baía Ana Chaves: o presente a espreitar o passado!
O dia começou com o pequeno-almoço preparado na
sala-cozinha posta à disposição dos hóspedes da albergaria. Além de nós, apenas uma jovem alemã (Anna) que dá aulas de alemão
como voluntária. Mein Got! Lembrei-me
logo das aulas de alemão que tive, há muitos anos, no Liceu Nacional de
Setúbal, com uma professora antipática como poucas e que nos tratava abaixo de
cão. Soubemos depois, eu e os meus colegas de turma, que a senhora tinha
grandes desgostos amorosos, pois o marido traía-a. Ficou-nos sempre a dúvida se
aquela dureza teutónica era a causa ou a consequência dos seus males de alcova…
Voltando ao dia de hoje, pela indicação que
tínhamos, fomos à procura, numa caminhada de mais de quatro quilómetros, da Praia
do Lagarto.
Praia do Lagarto.
Depois de uma hora, sob um sol abrasador, lá chegámos ao que
acreditamos ser a dita praia, mesmo defronte do Omali Lodge (hotel com bungalows).
Banhos atrás de banhos, na água clara e morna, refrescaram-nos o corpo e a alma e
deram-nos forças para mais quatro quilómetros no regresso ao centro da cidade.
Seguiu-se uma volta pelo mercado para fazer um
levantamento das frutas da época: havia sobretudo coco, fruta-pão (sou
superfã), banana-pão, banana-prata, ananás, carambola (a
imagem de fundo do blogue é uma foto de uma caramboleira tirada em 2014), abacate, mamão (que, estando mesmo maduro, é muuuito bom) e cajamanga (ambarella em
inglês), uma espécie de manga muito saborosa, que tem espinhos no interior.
Quando comprar, mostro imagens e conto-vos a interessante origem deste fruto da
cajamangueira.
Seguiu-se o almoço no Parque Popular,
incontornável para quem gosta de peixe grelhado com molhos à maneira por poucos
euros (mas fora do alcance do santomense comum). Barriga de peixe-andala e peixe-azeite, ambos grelhados, acompanhados por arroz, batata frita e banana frita e regados pela Rosema (a bela cerveja santomense de meio litro). Custo da refeição para dois: 250 000 dobras (menos de 10 euros).
Em primeiro pleno, o muito saboroso peixe-azeite (que só conhecia de nome).
A única cerveja no mundo que não tem rótulo! Além de ser ecológico, não é necessário, pois toda a gente a identifica facilmente.
À tarde, passeio pela marginal, seguido de um gelado artesanal na “Sal e Doxi”, junto ao mercado velho, no centro da cidade.
Como não havia tamarindo (um sabor original que deixa as papilas doidonas),
optámos por manga, sape-sape e cajamanga.
Sal e Doxi
Em terras de África, uma branca mimosa pronta para enfrentar o calor e a humidade...
Amanhã, contarei a aventura de hoje, a partir
do Jardim Botânico. Subida à Lagoa Amélia em pijama com queda quase no final, roças,
coentros selvagens e banhos de cascata!
Abraço tropical.
António
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