Em plena estação
seca, a cidade mudou.
Menos humidade
e, apesar do calor da tarde, um frio efetivo pontua as manhãs.
O verde da erva
e das pequenas hortas deu lugar ao pardo-escuro de plantas secas ou ao negro de
uma ou outra queimada. Da água da chuva abundante que escorria em todas as
direções, restam apenas os esgotos a céu aberto.
O pó avermelhado da terra
barrenta instalou-se nas folhas das árvores e lá ficará pacientemente à espera das chuvas que hão de restituí-lo à terra-mãe daqui a uns meses...
Nas bancas e
panos dos vendedores de rua, são escassos os frutos: papaias, bananas, laranjas
(sempre de casca verde e menos doces do que as europeias) e pouco mais.
Até a sede do
Benfica se apresenta mais degradada e sem chama... Sinal premonitório da época desgraçada com que o clube do meu coração me anda esfrangalhar os nervos?
Inalterada,
apenas a azáfama dos táxis (aqui, transporte coletivo) que, como uma onda azul, vão e vêm num movimento contínuo...
E já me esquecia: o azul do céu, em tons mais claros, continua magnífico!
E já me esquecia: o azul do céu, em tons mais claros, continua magnífico!
Abraço.
ProfAP
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