Acontecem-me
coisas incríveis. A que passo a relatar começou a esboçar-se no dia em que,
como acontece com inúmeras pessoas, decidi oferecer um livro…
Depois da
primeira missão na Guiné, em 2016, fui contactado no Facebook por um jovem
guineense (o AC) a manifestar interesse em participar na formação seguinte,
em 2017, o que veio a acontecer, tendo sido o melhor aluno da turma. Em setembro,
levava na bagagem de mão um livro para lhe oferecer. Adormeci no avião (o que raramente
me acontece) e o livro extraviou-se. No dia seguinte, pedi à minha mulher para procurar outro livro e mo enviar para Bissau, o que foi feito com um seguro
(sugestão do funcionário dos correios).
Passado o mês
de permanência em Bissau, do livro enviado, nem sinal.
Regressei a
Lisboa, reclamei nos correios, mas, para ser ressarcido pelo extravio,
teria de provar que o livro não tinha chegado ao destinatário. Isto de provar a ausência tem que se lhe diga!
Já tinha dado o
assunto como encerrado, quando, há cerca de uma semana, o carteiro me bateu à
porta. Entregou-me o livro, devolvido por o destinatário (eu!) estar ausente da
morada. No hotel, tinha deixado um pedido escrito para aceitarem o livro e o
contacto do meu ex-aluno para o informarem da chegada da encomenda. Que o
senhor professor ficasse descansado, que iria tudo ser feito como pedia! Parece
que quando o livro finalmente ao destino, já se tinham esquecido do senhor
professor…
Para adensar o clima de mistério à volta das personagens da história, o carteiro de Bissau escreveu no envelope a menção “O remetente (sic!) já não está cá.”
Para adensar o clima de mistério à volta das personagens da história, o carteiro de Bissau escreveu no envelope a menção “O remetente (sic!) já não está cá.”
Diz-se que um
livro é uma janela para o mundo, pois este deve ter muito para contar depois de ter andado três meses na
vadiagem entre Azeitão e Bissau. Ontem, veio comigo (na bagagem de porão) e
está pronto para ser finalmente entregue ao AC!
Abraço e boas
leituras.
ProfAP
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