Mais uma etapa nesta visita guiada à Guiné-Bissau. Paragens: letras D a H!
D de…
DJAGATU – É
um vegetal muito apreciado da família da beringela. Faz lembrar o jiló, que
deve ter sido levado para o Brasil pelos escravos africanos traficados desde o século XVI
(até meados do século XIX), uma vez que a palavra tem origem no quimbundo njilu.
Com
um sabor ligeiramente amargo (ou se ama ou se odeia), entra em muitas receitas
tradicionais.
Não
adoro, mas como sem grande sacrifício. Fica o menos bem que sabe pelo bem que
faz, pois é muito rico em vitaminas (A, C, Complexo B) e sais minerais como
cálcio, magnésio, ferro, fósforo e potássio.
E de…
ECONOMIA – Pelo que li nalguns relatórios de 2017, a única
fonte relevante de receitas da Guiné é o caju. No entanto, o país tem condições
para se afirmar noutras áreas: turismo, pescas e produção de arroz são alguns
exemplos.
Documento do Banco
Mundial: AQUI.
ÉDER – O marcador do golo que deu a Portugal o título de campeões da Europa está no nosso coração e é
guineense de nascimento.
ELETRICIDADE – Irregular, falha frequentemente, mesmo em Bissau.
ETNIAS – Existem entre 27 e 40 grupos étnicos. As etnias com
maior expressão na Guiné-Bissau, segundo os censos de 2009, são: a Fula (28,5%), que vive essencialmente
no leste do país (Gabú e Bafatá), seguida da etnia Balanta (22,5% da população) que se encontra principalmente nas
regiões sul (Catió) e norte (Oio), a Mandinga
com 14,7%, no norte do país, a Papel
com 9,1% e a Manjaca com 8,3%. Com
expressão mais reduzida encontramos ainda as etnias Beafada (3,5%), Mancanha
(3,1%), Bijagó (como o próprio nome
indica, vive no Arquipélago dos Bijagós e representa 2,15% da população total),
Felupe com 1,7%, Mansoanca (1,4%)
ou Balanta Mane com 1%. As etnias Nalu, Saracole e Sosso
representam menos de 1% da população guineense e 2,2% assume não pertencer a
qualquer etnia. A sua distribuição geográfica tem razões históricas mas também
se relaciona intimamente com as atividades tradicionalmente praticadas por cada
uma delas. Os Balantas, os Manjacos, os Mancanhas e os Papéis encontram-se
predominantemente nas zonas costeiras e cultivam o arroz nas bolanhas. Os Papéis
são os grandes produtores de caju, uma das maiores fontes da economia
nacional. Por sua vez os Fulas dedicam-se essencialmente ao comércio e à
criação de animais. Os Bijagós são pescadores por excelência, já os Mandingas
trabalham principalmente no comércio e na agricultura.
F de…
FORA DE BISSAU –
Algumas sugestões:
2. Biombo: AQUI.
Excelente
artigo da revista Visão (“Venha daí conhecer Bijagós, o último segredo do
Atlântico”): AQUI.
6. Nhacra – A menos de uma hora de Bissau, tem um mercado aos
sábados de manhã que vale a pena visitar.
7. Oio: AQUI.
8. Quinara: AQUI.
9. Quinhamel –
A menos de uma hora de Bissau, esta bonita vila merece uma visita. É um dos locais
onde se podem provar as famosas ostras assadas no forno. Diz-se que são as
maiores ostras do mundo.
11. Tombalí: AQUI.
FRUTOS DA GUINÉ –
Além das bananas, sempre disponíveis, podemos encontrar, em função da época do
ano, mangas (as melhores que já comi: grandes, pequenas, de polpa amarela ou
laranja…), papaias (em geral, grandes), ananases (uma delícia), peras-abacates, os
melhores maracujás que já comi (escolher os mais rosados). O caju seco (castanha),
mas também fresco (o figo), que dá para fazer um bife vegetariano muito
interessante. O amendoim (mancarra), também sempre disponível, é muito
saboroso. Mais miúdo que o de cá, vende-se seco em saquinhos sem casca, mas
também cozido (nesse caso, com casca). Nunca tinha provado amendoim cozido, mas
achei o sabor interessante. Um punhado deles e uma banana fazem um lanche
exótico e saciante.
G de…
GIN – Dizem que o melhor gin de Bissau é servido no bar
“A Garagem”, num ambiente descontraído e agradável num sítio discreto no centro
da cidade. Gostei, mas a minha opinião é pouco relevante, pois foi a primeira vez que bebi gin...
GUINÉ-BISSAU –
A Guiné-Bissau tem uma superfície de 36120 km2 e cerca de 1 700 000 habitantes
de composição multiétnica.
A
cidade de Bissau tem cerca de 450 000 habitantes. As outras cidades importantes
são Bafatá, Gabú, Mansoa, Cacheu, Bolama, Bubaque, Canchungo e São Domingos.
O
território é essencialmente plano, pantanoso na orla marítima e atravessado por
vários rios e cursos de água, com vegetação exuberante de tipo tropical. A
altitude máxima é de cerca de 300 m (colinas do Boé) junto à fronteira leste
com a Guiné-Conacri. O outro país com que faz fronteira é o Senegal.
GUINEENSES – Simpáticos, de sorriso fácil e com sentido de
humor. Apesar das dificuldades e crise política sem solução à vista, têm
orgulho de ser guineenses e, com muito otimismo, acreditam num futuro melhor.
H de…
HIDRATAÇÃO – Num clima e húmido, impõe-se andar sempre com água
à mão e comer fruta com regularidade. Hidrata e regula o trânsito intestinal.
HISTÓRIAS VIVIDAS NA GUINÉ-BISSAU
1. Aventura
em Cumeré: AQUI.
2. História
do gin tónico: AQUI.
3. O chichi: AQUI.
4. Histórias
de bodes e de cabras: AQUI.
5. O assalto: AQUI.
6. Animais
de estimação: AQUI.
7. A
distração-mor: AQUI.
8. A Edite e
a Rosário ao volante: AQUI.
9. Crenças,
superstições… e cabras! AQUI.
10. Retrato
da estação seca: AQUI.
11. Corpo e
alma de Bissau: AQUI.
12. Compota de manga: AQUI.
13. Os alunos: AQUI.
14. Cartazes e erros em
Bissau! AQUI.
15. Um sábado especial! AQUI.
16. Odisseia de um
livro! AQUI.
17. Relação
professor-aluno: emoções sempre à espreita… AQUI.
18. Excelente sobremesa
de papaia! AQUI.
19. Na natureza nada se
perde… AQUI.
HOTEL COIMBRA – Situado próximo do porto, tem um self-service
interessante e não é muito dispendioso (além de muitas saladas, há sempre um
prato vegetariano). Entre as muitas sobremesas disponíveis, aconselho
associação de pedaços de manga fresca com doce de manga (confecionado no
hotel). Além disso, o hotel tem a única livraria de Bissau, onde há uma pequena
zona de livros de autores guineenses.
Guiné-Bissau: informações e dicas (parte I): AQUI.
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