28/03/18

Guiné-Bissau: informações e dicas (parte II)

Mais uma etapa nesta visita guiada à Guiné-Bissau. Paragens: letras D a H!

D de…
DJAGATUÉ um vegetal muito apreciado da família da beringela. Faz lembrar o jiló, que deve ter sido levado para o Brasil pelos escravos africanos traficados desde o século XVI (até meados do século XIX), uma vez que a palavra tem origem no quimbundo njilu.
Com um sabor ligeiramente amargo (ou se ama ou se odeia), entra em muitas receitas tradicionais.
Não adoro, mas como sem grande sacrifício. Fica o menos bem que sabe pelo bem que faz, pois é muito rico em vitaminas (A, C, Complexo B) e sais minerais como cálcio, magnésio, ferro, fósforo e potássio.
Djagatu
E de…
ECONOMIA – Pelo que li nalguns relatórios de 2017, a única fonte relevante de receitas da Guiné é o caju. No entanto, o país tem condições para se afirmar noutras áreas: turismo, pescas e produção de arroz são alguns exemplos.
Documento do Banco Mundial: AQUI.
ÉDER – O marcador do golo que deu a Portugal o título de campeões da Europa está no nosso coração e é guineense de nascimento.
ELETRICIDADE – Irregular, falha frequentemente, mesmo em Bissau.
ETNIAS – Existem entre 27 e 40 grupos étnicos. As etnias com maior expressão na Guiné-Bissau, segundo os censos de 2009, são: a Fula (28,5%), que vive essencialmente no leste do país (Gabú e Bafatá), seguida da etnia Balanta (22,5% da população) que se encontra principalmente nas regiões sul (Catió) e norte (Oio), a Mandinga com 14,7%, no norte do país, a Papel com 9,1% e a Manjaca com 8,3%. Com expressão mais reduzida encontramos ainda as etnias Beafada (3,5%), Mancanha (3,1%), Bijagó (como o próprio nome indica, vive no Arquipélago dos Bijagós e representa 2,15% da população total), Felupe com 1,7%, Mansoanca (1,4%) ou Balanta Mane com 1%. As etnias Nalu, Saracole e Sosso representam menos de 1% da população guineense e 2,2% assume não pertencer a qualquer etnia. A sua distribuição geográfica tem razões históricas mas também se relaciona intimamente com as atividades tradicionalmente praticadas por cada uma delas. Os Balantas, os Manjacos, os Mancanhas e os Papéis encontram-se predominantemente nas zonas costeiras e cultivam o arroz nas bolanhas. Os Papéis são os grandes produtores de caju, uma das maiores fontes da economia nacional. Por sua vez os Fulas dedicam-se essencialmente ao comércio e à criação de animais. Os Bijagós são pescadores por excelência, já os Mandingas trabalham principalmente no comércio e na agricultura.

F de…
FORA DE BISSAU – Algumas sugestões:
1. BafatáAQUI.
2. Biombo: AQUI. 
3. Bolama/Bijagós: AQUI
Excelente artigo da revista Visão (“Venha daí conhecer Bijagós, o último segredo do Atlântico”): AQUI.
4. Cacheu: AQUI.
5. Gabú: AQUI
6. Nhacra – A menos de uma hora de Bissau, tem um mercado aos sábados de manhã que vale a pena visitar.
7. Oio: AQUI.
8. Quinara: AQUI
9. Quinhamel – A menos de uma hora de Bissau, esta bonita vila merece uma visita. É um dos locais onde se podem provar as famosas ostras assadas no forno. Diz-se que são as maiores ostras do mundo.
10. Saltinho (rápidos): AQUI.
11. Tombalí: AQUI.
FRUTOS DA GUINÉ – Além das bananas, sempre disponíveis, podemos encontrar, em função da época do ano, mangas (as melhores que já comi: grandes, pequenas, de polpa amarela ou laranja…), papaias (em geral, grandes), ananases (uma delícia), peras-abacates, os melhores maracujás que já comi (escolher os mais rosados). O caju seco (castanha), mas também fresco (o figo), que dá para fazer um bife vegetariano muito interessante. O amendoim (mancarra), também sempre disponível, é muito saboroso. Mais miúdo que o de cá, vende-se seco em saquinhos sem casca, mas também cozido (nesse caso, com casca). Nunca tinha provado amendoim cozido, mas achei o sabor interessante. Um punhado deles e uma banana fazem um lanche exótico e saciante.

G de…
GIN – Dizem que o melhor gin de Bissau é servido no bar “A Garagem”, num ambiente descontraído e agradável num sítio discreto no centro da cidade. Gostei, mas a minha opinião é pouco relevante, pois foi a primeira vez que bebi gin...
GUINÉ-BISSAU – A Guiné-Bissau tem uma superfície de 36120 km2 e cerca de 1 700 000 habitantes de composição multiétnica.
A cidade de Bissau tem cerca de 450 000 habitantes. As outras cidades importantes são Bafatá, Gabú, Mansoa, Cacheu, Bolama, Bubaque, Canchungo e São Domingos.
O território é essencialmente plano, pantanoso na orla marítima e atravessado por vários rios e cursos de água, com vegetação exuberante de tipo tropical. A altitude máxima é de cerca de 300 m (colinas do Boé) junto à fronteira leste com a Guiné-Conacri. O outro país com que faz fronteira é o Senegal. 
GUINEENSES – Simpáticos, de sorriso fácil e com sentido de humor. Apesar das dificuldades e crise política sem solução à vista, têm orgulho de ser guineenses e, com muito otimismo, acreditam num futuro melhor.

H de…
HIDRATAÇÃO – Num clima e húmido, impõe-se andar sempre com água à mão e comer fruta com regularidade. Hidrata e regula o trânsito intestinal.
HISTÓRIAS VIVIDAS NA GUINÉ-BISSAU
1. Aventura em Cumeré: AQUI.
2. História do gin tónico: AQUI.
3. O chichi: AQUI.
4. Histórias de bodes e de cabras: AQUI
5. O assalto: AQUI.
6. Animais de estimação: AQUI.
7. A distração-mor: AQUI.
8. A Edite e a Rosário ao volante: AQUI.
9. Crenças, superstições… e cabras! AQUI.
10. Retrato da estação seca: AQUI
11. Corpo e alma de Bissau: AQUI.
12. Compota de manga: AQUI.
13. Os alunos: AQUI.
14. Cartazes e erros em Bissau! AQUI.
15. Um sábado especial! AQUI.
16. Odisseia de um livro! AQUI.
17. Relação professor-aluno: emoções sempre à espreita… AQUI.
18. Excelente sobremesa de papaia! AQUI.
19. Na natureza nada se perde… AQUI.
HOTEL COIMBRA Situado próximo do porto, tem um self-service interessante e não é muito dispendioso (além de muitas saladas, há sempre um prato vegetariano). Entre as muitas sobremesas disponíveis, aconselho associação de pedaços de manga fresca com doce de manga (confecionado no hotel). Além disso, o hotel tem a única livraria de Bissau, onde há uma pequena zona de livros de autores guineenses.

Guiné-Bissau: informações e dicas (parte I): AQUI.

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