28/09/18

Missão Cabo Verde XVII: É o pai da Bia?

No topo da montanha de Alto Martins: Jay, Bia, Alex e Andi.


O avião do regresso da Bia a Lisboa já deve ter descolado. Já com saudade, estou a escrever este post.
Sendo o voluntário mais velho que já esteve no Centro Jovem e a Bia um dos mais novos, com os seus 20 anos, as pessoas da Ribeira da Craquinha e da Pedra Rolada comentavam à boca pequena que éramos pai e filha. A partir de certa altura, começaram a questionar-me diretamente: “É o pai da Bia?” Outras vezes, assumiam que sim e diziam-me coisas como “A sua filha é muito simpática!”, “A sua filha é muito bem bonita!” e “Deve ter muito orgulho na sua filha!”. E eu lá ia respondendo que todas as qualidades detetadas eram reais, mas que não era pai da Bia.
Todo este interesse (também da parte das crianças e jovens) tem a ver com o facto de a Bia se relacionar com toda a gente sempre com um sorriso e sem preconceitos. Essa forma de olhar o próximo com confiança e de coração aberto foi uma lição que me levou a desblindar muitas das defesas que as experiências menos boas da vida me levaram a construir. Tornei-me uma pessoa melhor!
Felicito os pais da Bia. Têm razões para estar orgulhosos. Recorrendo às palavras do Jay (um dos grandes amigos que fizemos em Cabo Verde, à direita na foto), esta manhã, no seu sotaque inconfundível: “À Bia é umá minina espêcial!” E é mesmo!

Abraço!
ProfAP

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