26/06/16

Delícia de cebola-roxa aninhada no pão!


Eis um petisco que resulta da adaptação (muito simplificada) de uma receita que vi um chefe francês fazer num programa de televisão.
A cebola-roxa, além dos nutrientes que todas as cebolas têm (cálcio, fósforo, magnésio, ferro, potássio, zinco, cobre, manganês, vitaminas do complexo B  e vitamina C), possui, devido à sua coloração, uma substância altamente antioxidante: a antocianina.
Aproveitando as primeiras cebolas-roxas disponíveis na horta, parti para esta aventura gourmet. Quanto ao resultado, uma delícia, uma verdadeira guloseima!

Ingredientes para 4 pessoas:
.4 cebolas médias partidas e cortadas muito finamente
.4 fatias de pão fresco e estaladiço (ou torrado)
.azeite virgem (3 colheres de sopa)
.pimenta-preta moída no momento
.cominhos moídos
.vinho do Porto (3 colheres de sopa)
.vinagre balsâmico (1 colher de sopa)
.água (2 colheres de sopa)

Preparação:
1. Coloque a cebola numa frigideira antiaderente com o azeite (já quente) e uma pitada de sal, outra de pimenta e mais uma de cominhos.
2. Deixe apurar em lume médio-baixo, mexendo com frequência, até começar a querer caramelizar (cerca de 10 minutos).
3. Junte o vinho do Porto, o vinagre e a água.
4. Mexa bem e deixe apurar durante cerca de 5 minutos, juntando água se ficar seco.
5. Coloque a cebola carinhosamente sobre as fatias de pão, regue com o molho e resista à tentação de as devorar de imediato…
6. Sirva com uma salada. Sugestão: tomate bem maduro temperado com orégãos e azeite virgem extra. Sempre sem vinagre.
7. Agora sim, ceda ao pecado da gula!

Abraço.

ChefAntónio

14/06/16

1º mamífero extinto devido ao aquecimento global...


A primeira espécie de mamífero extinta devido ao aquecimento global é um roedor australiano de uma ilha que ficou quase submersa, indica um estudo científico divulgado hoje.

O único habitat conhecido do pequeno roedor da espécie 'Melomys rubicola' é a ilha de Bramble Cay, no Estreito de Torres - que separa a Austrália da Papua-Nova Guiné -, mas cientistas não encontraram nenhum exemplar da espécie depois de terem feito pesquisas no que resta da ilha.
A submersão quase total da ilha e a perda de habitat dos roedores, são "muito provavelmente" a explicação para este desaparecimento, afirmam os autores do estudo realizado pelo departamento de Ambiente da Universidade de Queensland.
Os dados existentes do aumento do nível das águas e os fenómenos climáticos no Estreito de Torres sugerem que "as alterações climáticas provocadas pelo Homem (são) a causa profunda do desaparecimento do roedor de Bramble Cay", refere o estudo.
O 'Melomys rubicola' foi considerado o único mamífero autóctone das ilhas da grande barreira de coral. Foi descoberto em 1845, mas nenhum exemplar desse roedor é visto desde 2009.
Em 2014, os cientistas decidiram lançar pesquisas importantes na esperança de preservar a espécie. Foram utilizadas armadilhas e câmaras, mas nenhum roedor foi visto, "o que confirma que a única população conhecida deste roedor foi extinta", lê-se no estudo.
Em 2015, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) atribuiu especialmente às alterações climáticas o desaparecimento do 'Geocapromys thoracatus' -- ou Rato de Little Sawn Island -- um roedor de uma ilha de coral das Honduras. No entanto, verificou-se que um gato introduzido na ilha foi o principal responsável pelo desaparecimento.

"Consequentemente, a conclusão é que a extinção do 'melomys' de Bramble Cay se deve ao aumento do nível do mar e à maior incidência de eventos meteorológicos extremos nos últimos anos (...) constituindo provavelmente a primeira extinção documentada de mamíferos devido (ou essencialmente) à alteração climática antropogénica", segundo o mesmo estudo.

Data: 14.06.2016
Fonte: http://www.jn.pt/mundo/interior/este-e-o-primeiro-mamifero-extindo-devido-ao-aquecimento-gobal-5227197.html