30/06/15

Eis a dieta dos Homens das Cavernas!


A dieta do Paleolítico está a conquistar adeptos por todo o mundo: o objetivo é comer o mínimo de alimentos processados.
Comer carne de qualidade, peixe acabado de apanhar, muitos vegetais, algumas sementes e nozes, um pouco de fruta, pouco amido e nenhum açúcar. Esta é a dieta dos nossos ancestrais e está a ser adotada por celebridades como Megan Fox e Jessica Biel. O tema é abordado pelo The Telegraph.
É mais do que uma tendência: a dieta do Paleolítico já é uma identidade que se quer assumir. As pessoas dizem ser “paleo” e compram livros de receitas dedicados ao tema. Existem festivais, revistas e restaurantes que fazem menção a esta alimentação.
O conceito (moderno) nasceu no início do milénio com Dr. Loren Cordain. À medida que a moda do “Cross Fit” cresceu, a dieta do Paleolítico foi conquistando expressão, quando os praticantes desse tipo de exercício aconselharam que não se ingerisse “nada que tenha uma tabela de nutrientes”.
Muitas pessoas optam por seguir esta dieta para prevenir ou aliviar doenças causadas pelo atual estilo de vida. Mas seguir a dieta do Paleolítico exige duas coisas: uma grande capacidade para negar outros tipos de comida e uma carteira tão saudável quanto se quer tornar.
Escolher a dieta do Paleolítico não faz dos seus adeptos verdadeiros homens da caverna: alguns alimentos processados são permitidos e não há necessidade de aquecer a comida numa fogueira. Na verdade, esta dieta procura apenas quebrar o sedentarismo que tem marcado a vida moderna nos últimos anos.
Nesta questão da dieta do Paleolítico existem dois tipos de opiniões. Por um lado, algumas vozes insistem que esta alimentação é hipócrita, porque os produtos que são vendidos nas lojas especializadas são obviamente feitos por alimentos processados. Do outro lado, estão os radicalistas, que levam ao extremo a dieta e são capazes de ir à caça para preparar a próxima refeição.
A dieta do Paleolítico aconselha que se comam carnes e peixes magros, nozes, sementes (mas não amendoins), frutos em estado selvagem e vegetais. Por outro lado, se pensa seguir esta dieta, deve ingerir grãos, produtos com leite, sal e açúcar.
Data: 6/3/2015
Nota: Não entendo a prescrição do peixe magro...

25/06/15

Afinal, não é o paladar que diz o que é doce ou salgado!


Tapar o nariz para comer ou ingerir algo com um sabor desagradável é uma técnica milenar quem tem vindo a ser usada para afirmar que, afinal, o paladar não é o único sentido responsável pela sensação de doce ou salgado.
Segundo o Los Angeles Times, Linda Bartoshuk, cientista especializada em paladar na Universidade da Flórida, revela que o olfato pode ser a chave e que os compostos voláteis responsáveis pela maioria das sensações doces que se tem quando se come fruta, por exemplo.
Depois de analisar 152 variedades de tomate, a equipa de Bartoshuck registou os níveis de glicose, frutose, ácidos e 28 componentes voláteis e, durante três anos, realizou testes de degustação para que voluntários avaliassem 66 das variedades de tomate analisadas.
Os voluntários tiveram que classificar a doçura e acidez do tomate experimentado, e, para surpresa da equipa de cientistas, notou-se que os participantes classificaram como doces os tomates que na sua composição tinham menos açúcar. Contudo, os tomates considerados doces eram os que tinham mais voláteis.
Nesta investigação norte-americana, foram ainda alvo de análise e comparação os morangos e os mirtilos. Embora os morangos contenham menos açúcar na sua composição, são considerados mais doces pelas pessoas e tal deve-se ao facto de possuírem mais 30 componentes voláteis que os mirtilos.
E esses mesmos voláteis, tal como os do tomate, quando adicionados a água com açúcar fazem com que a sensação de doçura dispare.
Nota: compostos voláteis são pequenas substâncias químicas que evaporam em condições normais de temperatura e pressão.
Fonte: http://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/411543/afinal-nao-e-o-paladar-que-diz-o-que-e-doce-ou-salgado

Lisboa, a nova "capital europeia da culinária"!


Chefs com menos de 40 anos e uma gastronomia baseada em azeite, peixes e mariscos. É desta forma que o site Wine Spectator coloca a capital portuguesa no auge da gastronomia europeia

Lisboa é a cidade das sete colinas, a cidade dos miradouros, do Tejo e de toda uma gastronomia que espelha o que de melhor se come em Portugal. A culinária nacional voltou a ser destaca internacionalmente, agora pelo site Wine Spectator.
Num artigo publicado esta semana, Robert Camuto destaca “chefs com menos de anos que animam uma culinária à base de azeite, peixes e mariscos” e eleva Lisboa como a nova “capital europeia da culinária”.
Lisboa é “agora um ótimo lugar para comer refeições bonitas, cheias de sabores intensos e beber complexos vinhos” bem mais em conta do que noutros países europeus. Mas não é apenas pelo preço que o vinho nacional ganha importância: “o negócio dos vinhos em Portugal está a explodir em maior quantidade e maior qualidade”.
“A cozinha de Lisboa é o resultado de uma longa história de fusão que floresceu aqui há cerca de 500 anos, quando os exploradores portugueses voltaram para casa com novos alimentos e especiarias, incluindo a batata, o tomate, o café, o chá, o açafrão, o coentro e a pimenta. Esse espírito de aventura ainda existe”, lê-se no artigo.

24/06/15

Os restaurantes mais bizarros do mundo!


De robôs dançantes a jantares na selva, aqui estão os 14 locais mais absurdos do mundo para comer qualquer coisa.
Temos de admirar a criatividade pura e a coragem de alguém que pega nas ideias mais absurdas e as transforma em negócios. Na competitiva indústria da restauração, às vezes uma pitada de politicamente incorreto é o que é preciso para pôr uma ideia no mapa!

Clique AQUI e parta para uma viagem gastronómica inesquecível.

Abraço.
ChefAntónio

17/06/15

Delícia de laranja c/ gelado!


Esta sobremesa celestial nasceu de um pequeno acidente na cozinha. Tinha ao lume um doce de laranja. Distraí-me e a polpa (a que ainda não juntado o açúcar) começou a caramelizar e agarrar ao fundo do tacho, queimando muito ligeiramente. Fiz a compota com novas laranjas e, com a polpa semicaramelizada, parti para a sobremesa que vos proponho. Há acidentes assim, felizes!

Ingredientes para 4 pessoas:
.4 laranjas grandes
.2 paus de canela
.1 colher de sopa de açúcar mascavado
.sumo (suco) de uma laranja
.8 colheres de sopa do seu gelado preferido (escolhi um de iogurte)
.infusão forte de erva-príncipe (capim-limão)

Preparação:
1. Descasque as laranjas, tire as partes brancas e pique-as finamente, aproveitando todo o sumo que escorrer.
2. Num tacho antiaderente, junte as laranjas com a canela, o açúcar e o sumo e deixe começar a ferver.
3. Deixe apurar durante cerca de 30 minutos em lume (fogo) baixo. Mexa com frequência para não agarrar (grudar) e junte chá de erva-príncipe sempre que começar a ficar seco.
4. Deixe arrefecer e sirva com gelado.

Bom apetite!
ChefAntónio

14/06/15

Conhece a HORTELÃ-BANANA?

A mais recente aquisição...
 
A família das hortelãs e mentas é vasta e compreende, entre as cultivadas e as selvagens, mais de 600 espécies conhecidas e desfrutadas desde a Antiguidade.
Hoje, trago-vos um novo e surpreendente membro da família vegetal cá da horta: a hortelã-banana!
A hortelã-banana (mentha arvenses) seduz pelo aroma das suas folhas verdes e flores lilases. A designação vem do cheirinho a banana que as suas folhas libertam ao serem esfregadas entre os dedos.
Planta vigorosa, dá-se em qualquer tipo de terra, mas desenvolve-se muito rapidamente em solos arenosos húmidos e frescos, tecendo tapetes aromáticos muito decorativos. Colocada ao sol, é irresistível para os insetos polinizadores, fundamentais para a felicidade das plantas no jardim ou na horta. É sensível às geadas, pelo que deverá ser abrigada durante invernos mais rigorosos.

Usos na culinária:
1. Nas saladas (de vegetais e de fruta), batidos, gelados…
2. Em infusão, fará uma excelente bebida digestiva. É só pôr a água a ferver sobre 5 a 10 folhas por chávena (xícara) durante 10 minutos.
 
Abraço e bom resto de domingo para todos!

13/06/15

Beringela e curgete assadas no forno c/ molho de mostarda!

Uma festa para os olhos e palato!

A receita de hoje honra a filosofia do blogue: um prato simples, económico e muito saudável!
Proponho uma forma muito saborosa de consumir vegetais, mesmo para quem não é apreciador. A assadura realça os sabores e a mostarda dá-lhe um toque especial. Um verdadeiro petisco a consumir como entrada ou acompanhamento de pratos de peixe (sugiro salmão ou atum fresco ou em conserva) ou de carne assada ou grelhada (especialmente aves).

INGREDIENTES:
.beringelas e curgetes (abobrinha) muito frescas
´Diretamente da horta!

.sal e orégãos
.molho (misturar bem em partes iguais azeite e mostarda suave)

PREPARAÇÃO:
1. Corte os vegetais em fatias com cerca de 1cm de espessura e polvilhe-os com uma pitada de sal (pouquinho) e orégãos.
2. Leve ao grill do forno a 200º durante pelo menos 5 minutos. Vire e conte mais cerca 5 minutos. Se gostar da curgete ligeiramente tostada como eu, deixe-a assar durante mais 5 a 6 minutos.
Nota: Os tempos poderão ser ajustados em função da forma como aprecia os vegetais (mais crocantes ou mais assados).
3. Retire do forno e, enquanto estiverem quentes, pincele os vegetais generosamente com o molho.
4. Corte em pedaços e sirva quente, morno ou frio.
5. A acompanhar sugiro vinho tinto ou uma cerveja geladinha! ;)

Bom apetite!
ChefAntónio

Horta feliz com sol e sombra “à la carte”!

O sonho de qualquer agricultor é ultrapassar as adversidades do clima. Uma utopia, como prova a expressão popular que determina que "não se pode ter sol na eira e chuva no nabal".
Pensei com os meus botões: Se tentar distribuir a chuva e o sol pela horta ao mesmo tempo parece esforço vão, porque não usar o sol onde faz bem e a sombra onde é necessária? Estava lançada a “técnica” do SOL e SOMBRA!
Talvez pelo clima de Azeitão (em relação a Lisboa, mais frio no inverno e mais quente no verão), sempre tive dificuldade em fazer crescer de forma satisfatória alguns legumes e frutos como alfaces e curgetes (abrobrinhas).
Com a criação de um painel solar caseiro (ver AQUI), ficou resolvido o problema das alfaces. Quanto às curgetes, apliquei a já referida "técnica" improvisada do sol e sombra com uma tenda de tela de sombra. Resultado: uma produção que está a ultrapassar as melhores expetativas.
 
1. A tenda é descoberta do lado do nascer do sol, permitindo às plantas receber luz direta durante a parte menos quente da manhã.
 
2. Quando o calor é abrasador, as plantas estão à sombra e podem fazer uma sesta tranquila.
 
3. Certamente graças aos carinhos recebidos, dá-se o milagre da multiplicação dos frutos tenros…

Abraço e feliz fim de semana para todos!
ChefAntónio

09/06/15

Tempero de ervas caseiro!

 Final feliz: aromas e sabores prontos a utilizar!

Início da história: folhas e flores frescas e uma tesoura implacável...
 

Não compre molhos feitos, caldos tipo Knorr ou outros temperos cheios de sal ou ingredientes pouco recomendáveis para a saúde (como o glutamato). Faça você mesmo o seu próprio tempero.
É só aproveitar as folhas (e flores na proposta que vos trago) de ingredientes bem conhecidos. Quem tem horta ou jardim pode aproveitar recursos que habitualmente se perdem com o bónus de serem biológicos.
A mistura que fiz este ano inclui rama de cebola, rama de alho e flor de aipo (substituível por folhas de aipo ou folhas ou flores de salsa). Depois de cortar os ingredientes em pedaços finos com uma tesoura, é só secar em local quente e seco, mas sem exposição direta ao sol, e guardar em recipientes de vidro com tampa. E fica pronto a utilizar!
 
 
Use em:
refogados,
                   estufados,
                                      ensopados,
                                                           sopas,
                                                                      omeletas,
                                                                                        molhos,
                                                                                                        marinadas
 
Abraço bem temperado para todos!
ChefAntónio


05/06/15

Arroz de beldroegas: de comer e chorar por mais!

Excelentes ingredientes...

Excelente jantar ;)

Permitindo, segundo um estudo da Universidade do Algarve, um equilíbrio entre os óleos gordos ómega 3 e ómega 6 (importantes para prevenir doenças cardiovasculares), a beldroega é utilizada na confeção de saladas, sopas e chás. Com os exemplares tenros e suculentos que tenho na horta, ocorreu-me a ideia de preparar um arroz para acompanhar uma galinha cozinhada no forno solar. Se a galinha estava deliciosa, o arroz não lhe ficou atrás: uma delícia!
Ingredientes para 6 a 8 doses:
.1 copo de arroz (200g)
.1 punhado de beldroegas (cerca de 100 g) picadas (use folhas e talos).
.3 dentes de alho grandes (esmagados em puré)
.água (2,5 vezes o volume do arroz)
.coentros picados (3 colheres de sopa)
.2 colher de chá de sal
.1 colher de chá pimenta-preta (do-reino) moída no momento
.3 colheres de sopa de azeite (de oliva)
Nota: Pode substituir a beldroega por outros vegetais bem tenros.

Preparação:
1. Num tacho antiaderente, coloque o azeite e o alho e deixe cozinhar durante 2 minutos em lume (fogo) médio.
2. Junte o arroz e deixe-o fritar durante mais 2 minutos, mexendo sempre.
3. Adicione a água (a ferver), as beldroegas, o sal, a pimenta e envolva tudo.
4. Tape e deixe cozinhar durante 1o minutos em lume baixo.
5. Junte os coentros, mexa e, depois de repousar 5 minutos, está pronto!

Abraço.
ChefAntónio

03/06/15

TOMILHO-LIMÃO: autorretrato em 10 pinceladas!

Ao fundo da horta, o meu tomilho-limão...
 
1. Sou da família da menta e as minhas folhas exalam um aroma seco e delicado a limão. Daí a minha designação...
2. Posso ser consumido fresco ou seco. Também posso ser congelado.
3. Posso ser cultivado praticamente em qualquer lugar, mas é mais fácil em solos arenosos ou pedregosos.
4. Sendo tolerante tanto a baixas quanto a altas temperaturas, não dispenso uma boa dose de luz solar direta. No mínimo, 5 horas diárias.
5. Para me manter vigoroso e saudável, é importante podar-me logo a seguir à floração.
6. Adoro associar-me a refeições cozinhadas (sobretudo pratos de peixe ou aves), molhos, saladas (de vegetais ou de frutas) ou infusões.
7. Os meus principais nutrientes são o cálcio, o ferro, o magnésio, o potássio, o zinco e as vitaminas A, B6 e C.
8. Ganhei notoriedade graças aos Romanos, que me utilizavam para purificar os seus quartos.
9. Na Idade Média, fui usado como incenso e colocado nos caixões, durante os funerais, como garantia passagem para vidas futuras.
10. Estou na moda e o mercado internacional procura-me em grandes quantidades, sobretudo as folhas, certificado em modo de produção biológica.

Fontes:

Abraço!
ChefAntónio