08/01/18

De volta a Bissau 3: a estação seca


Em plena estação
seca, a cidade mudou.
Menos humidade e, apesar do calor  da tarde, um frio efetivo pontua as manhãs.
O verde da erva e das pequenas hortas deu lugar ao pardo-escuro de plantas secas ou ao negro de uma ou outra queimada. Da água da chuva abundante que escorria em todas as direções, restam apenas os esgotos a céu aberto. 

O pó avermelhado da terra barrenta instalou-se nas folhas das árvores e lá ficará pacientemente à espera das chuvas que hão de restituí-lo à terra-mãe daqui a uns meses...
Nas bancas e panos dos vendedores de rua, são escassos os frutos: papaias, bananas, laranjas (sempre de casca verde e menos doces do que as europeias) e pouco mais.

Até a sede do Benfica se apresenta mais degradada e sem chama... Sinal premonitório da época desgraçada com que o clube do meu coração me anda esfrangalhar os nervos?

Inalterada, apenas a azáfama dos táxis (aqui, transporte coletivo) que, como uma onda azul, vão e vêm num movimento contínuo...
E já me esquecia: o azul do céu, em tons mais claros, continua magnífico!

Abraço.
ProfAP

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