Viçosa na minha horta...
...apetitosa no prato, com um ligeiro sabor a avelã, ontem ao jantar!
Quando se fala em valeriana, pensa-se na
planta medicinal da família das valerianáceas, que produz flores cor-de-rosa,
que pode alcançar cerca de 1 metro de altura, cujas raízes podem ser utilizadas
em preparações para tratar insónias, nervosismo, hipertensão arterial,
ansiedade, angústia, enxaquecas, etc.
A valeriana que vos trago é outra (valerianela locusta) e pode ter muitas designações:
valerianela, salada-de-milho, alface-cordeirinho, alface-de-coelho,
alface-de-cordeiro, alface-de-terra, saboia, valeriana-hortense, valerianinha,
fetticus, alface-do-campo, rapunzel e alface-de-ovelha (ou cordeiro). Este
último nome é utilizado em Inglaterra porque as ovelhas gostam muito deste tipo
de folhas.
Trata-se de uma pequena planta anual cultivada
desde o tempo dos romanos. Era utilizada por camponeses europeus, até que o
jardineiro real do rei Luís XIV a apresentou ao mundo. Também tem sido
utilizada como alimento no reino britânico há muitos séculos e já aparece no
herbário de John Gerard, médico e botânico inglês que viveu entre 1545 e 1611,
em 1597. Mas só se tornou comercial em 1980.
Esta planta era muito consumida no inverno,
como salada de inverno, pelos alemães, franceses e italianos. O nome salada-de-milho é utilizado porque aparecia
muito nos campos de milho, depois das colheitas.
Utilização
A valeriana é rica em vitamina C, A,
betacaroteno, vitamina B6 e B9, vitamina E, ómega 3, ferro, caliço e fibra. A
melhor época de consumo é no inverno e no princípio da primavera. Pode ser
usada na salada com outros legumes, por vezes é utilizada em omeletas. Também é
cozinhada com espinafres.
É uma excelente planta para substituir a
alface no inverno e adapta-se bem a baixas temperaturas.