Sob a orientação do meu vizinho e amigo Paulo
(jardineiro), construí o compostor que está na imagem: 4 postes de 90cm (1,99€
cada no MaxMat), 3 metros de rede com 60cm de altura (5,90€) e 8 tábuas (com 1
metro de comprimento) que recolhi no lixo.
Deixei na parte aguçada do poste 30cm livres para
enterrar no solo e dar mais estabilidade ao compostor.
Depois uma tarde de trabalho e uma martelada dada
com convicção no polegar esquerdo, a obra estava concluída e foi inaugurada com
pompa e circunstância!
VISITA GUIADA AO INTERIOR DA COMPOSTAGEM:
DEFINIÇÃO
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A compostagem é um processo de valorização da
matéria orgânica. Consiste na decomposição dos resíduos domésticos por ação
de microrganismos que na presença de oxigénio (processo aeróbio), originam
uma substância designada composto.
O composto que se obtém no fim do processo
poderá ser utilizado como adubo, uma vez que melhora substancialmente a
estrutura do solo. O composto possui fungicidas naturais e organismos
benéficos que ajudam a eliminar os organismos patogénicos que perturbam o solo
e as plantas.
A compostagem doméstica é um processo que não requer
conhecimentos técnicos, é simples, é económica e ecologicamente sustentável,
uma vez que implica a redução dos resíduos domésticos a enviar para o aterro
sanitário, através da sua transformação num composto fertilizante que pode
ser usado como nutriente e corretivo do solo nos jardins, hortas e quintais,
bem como em vasos e floreiras.
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O
QUE
COMPOSTAR
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Para que a compostagem decorra da melhor forma,
é necessário ter
uma grande variedade de resíduos como:
.Restos de vegetais crus e cascas de frutas
.Borras de café, incluindo filtros
.Cascas de ovos esmagadas
.Folhas verdes
.Folhas e sacos de chá
.Ervas daninhas (sem sementes)
.Restos de relva cortada e flores
.Feno, palha, ervas secas e folhas secas
.Aparas de madeira e serraduras (sem verniz)
.Ramos pequenos
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NÃO
COMPOSTAR
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-Carne, peixe, lacticínios, gorduras (queijo,
manteiga, molhos) e derivados de trigo como massa, bolo e pão, pois a sua decomposição
é muito lenta;
-Arroz (depois de cozido é um ótimo local para
bactérias);
-Frutas cítricas (tanto a polpa quanto as cascas
podem alterar o PH da terra);
-Alho e cebola (também causam alterações);
-Fezes de cães e gatos (podem conter
microrganismos patogénicos que sobrevivam ao processo de compostagem);
-Resíduos vegetais tratados com pesticidas;
-Plantas doentes ou infestadas com insetos;
-Carvão ou cinzas de carvão (possui enxofre e
ferro);
-Ervas daninhas com sementes;
-Maioria dos tipos de papel como revistas,
jornais, papéis de impressão, envelopes, catálogos, por serem tratados com
químicos que prejudicam o composto.
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TÉCNICA:
1. No fundo do compostor, coloque ramos grossos
para arejar e impedir a compactação.
2. Coloque alternadamente resíduos vegetais
verdes e castanhos (cortados em pequenos pedaços).
3. De vez em quando, adicione no máximo uma mão
cheia de terra ou composto acelerador; esta quantidade conterá microrganismos
suficientes para iniciar o processo de compostagem (os próprios resíduos que
adicionar também contêm microrganismos); note-se que grandes quantidades de
terra adicionadas diminuem o volume útil do compostor e compactam os materiais,
o que é indesejável.
4. Sendo necessário, regue ligeiramente o
compostor só para manter o nível de humidade desejável.
5. O revolvimento da pilha de compostagem (com
uma forquilha) é imprescindível para que a matéria orgânica seja decomposta
num ambiente aeróbio e para misturar os diferentes materiais.
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APLICAÇÃO
DO COMPOSTO:
Quando o composto estiver pronto deve retirá-lo
da pilha de compostagem. Pode usar um
crivo para separar o material que ainda não foi
degradado. Deixe o composto repousar 2 a 4 semanas antes da sua aplicação,
especialmente em plantas sensíveis. Esta fase de repouso é designada por fase
de maturação.
Se tiver apenas uma pequena quantidade de
composto, espalhe-o por cima da terra na vala onde pretende semear. Se tiver composto em
grande quantidade, pode espalhá-lo em
camadas de 1 a 2 cm de espessura misturado com o
solo, mas sem enterrar. Pode também
usar o composto nas caldeiras das árvores. Nesse
caso, espalhe o composto em camadas de 2 cm à volta das árvores e não misture
com o solo.
Se pretender usar o composto em plantas envasadas,
não coloque mais do que 1/3 do
composto por vaso. Misture 1/3 de composto com
1/3 de terra e 1/3 de areia, para obter
um bom meio de crescimento para as suas plantas.
A utilização do composto é aconselhada nos:
.Canteiros para a plantação de hortaliças e
legumes;
.Caldeiras das árvores e junto a arbustos;
.Canteiros para flores, plantas decorativas e
aromáticas;
.Vasos para flores e plantas de casa.
Lembre-se de que o composto aumenta capacidade
de retenção dos nutrientes e da água,
favorece o arejamento do solo e melhora
consequentemente a produção de culturas,
para além do facto da compostagem contribuir
para diminuir os resíduos enviados para
aterro, assim como a necessidade do uso de
fertilizantes químicos.
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Fontes:
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Abraço e boa compostagem para todos!
ChefAntónio
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