02/12/16

Pràs festas: a goiabada, protagonista de… Romeu e Julieta!

Muito simples: frutos bio, açúcar amarelo e canela!

Ao contrário de outras espécies, as goiabas não amadurecem todas ao mesmo tempo, prolongando-se a produção por alguns meses. Assim, depois de uma forte chuvada ter danificado quase todos os frutos maduros que tinha na horta, foi possível uma nova colheita.
Atendendo à época, trago-vos a proposta que permite compor excelentes sobremesas (ou entradas): doce de goiaba.
Mesmo não tendo o fruto disponível no quintal ou na horta, pode comprar uma dúzia deles para fazer o doce. O sabor não tem nada a ver com o que se compra já feito. Além de não levar qualquer conservante, é confecionado com muito menos açúcar.
A goiabada, doce típico mineiro, parece ter surgido no Brasil quando os colonos portugueses recriaram a marmelada, substituindo o marmelo pela goiaba.
Tal como fazemos com a marmelada, também no Brasil existe a associação queijo-goiabada, com uma designação original e bem sugestiva: Romeu e Julieta!
Imagem encontrada AQUI.

Há dois métodos de confecionar a goiabada: sem a casca (delicada e cremosa e com um sabor mais suave) e com a casca (mais escura e espessa e com um sabor mais acentuado). Chama-se à versão com casca (a que prefiro) “goiabada cascão”. Eis um apontamento curioso sobre a origem do nome:
Reza a lenda que existem duas versões para a origem do nome Goiabada Cascão.
A primeira conta que a goiabada feita pelos cozinheiros escravos para o consumo dos proprietários das fazendas só levava a polpa da fruta e o resto, as cascas e as sementes, eram utilizadas pelos escravos que as cozinhavam juntas. A mistura pronta deixava os pedaços de casca de goiaba bem aparentes, dando origem ao famoso nome.
A segunda revela que os resquícios do papel escurecido que embalavam a goiabada em seu processo de produção, se desfaziam como uma casca mais grossa quando ela já estava seca e pronta, dando origem ao nome. O doce era colocado em caixas de madeiras forradas com papel e envoltas por papelão para evitar que vazasse.
Hoje, a goiabada cascão tradicional é feita com pedaços de goiaba ainda com casca e é colocada em caixas, só que desta vez forradas com papel plástico ou manteiga.http://www.segredosdafazenda.com.br/curiosidades.html
Obs.: O “papel manteiga” corresponde ao nosso papel vegetal.

Doce de goiaba (sem casca)
Ingredientes:
.12 goiabas
.Açúcar amarelo (metade do peso da polpa das goiabas, pesada sem pele nem sementes)
.1/2 pau de canela
.alguma paciência

Preparação:


1. Descasque as goiabas e reserve as sementes.











2. Triture as sementes com um pouco de água e peneire-as com um passador de rede.










3. Adicione o líquido de aproveitou da coagem das sementes às goiabas (cortadas às tiras) e triture muito bem.


4. Num tacho antiderente, junte à polpa liquefeita o açúcar e a canela e mexa bem.








5. Quando levantar fervura, ponha o lume no mínimo e deixe apurar, mexendo de vez em quando.
6. Deixe ferver no mínimo durante uma hora (deixei hora e meia), podendo prolongar esse tempo se quiser que a sua goiabada fique mais espessa.


7. Enquanto está quente, coloque em recipientes de vidro. Depois de arrefeceram, tape-os e guarde-os no frigorífico. Vão conservar-se em ótimas condições pelo menos durante seis meses.









Feita a goiabada, passemos a duas versões do par romântico Romeu e Julieta
Confecionada sem casca, entre duas almofadas de queijo fresco...

Com casca, perdida de amores por um queijo curado (de cabra)!

Abraço e bom apetite!
ChefAntónio

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