13/02/16

Ilha do Príncipe - 5º dia: volta ao ilhéu Bom Bom!

                                                                                                                             Manhã de 27/01/2016.
Atravessa-se a ponte de madeira e entra-se na magia do ilhéu Bom Bom...

Banhado por duas praias com água cor de esmeralda e areia dourada pelo sol e pelas conchas intactas, o Bom Bom é ainda um segredo bem guardado no meio da floresta tropical da ilha do Príncipe. Aqui o verdadeiro luxo é a simpatia genuína de quem recebe, a simplicidade luminosa dos espaços, os cheiros exóticos das flores e a sinfonia matinal que a natureza prepara para lhe dizer “bom dia”. Do pequeno ilhéu que emprestou o nome ao hotel, segue uma ponte de madeira com 140 metros, capaz de absorver cada suspiro de quem a atravessa e promete voltar.
Esqueça as horas, largue o mundo e seja bem-vindo ao Paraíso!
É assim que o resort Bom Bom descreve o espaço em que está inserido. Tendo lá estado, subscrevo inteiramente o que é dito, tanto no conteúdo como na adjetivação.
Guardei para o último dia, o passeio pedestre que que pode fazer-se gratuitamente e sem guia: a volta ao ilhéu Bom Bom por dentro da floresta. O percurso, com a duração de cerca de uma hora, está bem indicado e tem um baixo grau de dificuldade. Fi-lo de chinelos de piscina, mas o mais indicado é levar uns ténis confortáveis. Não esquecer também um termo com água, repelente, chapéu e a máquina fotogáfica.
Prepare-se para uma sinfonia de silêncio (interrompido aqui e ali pelo piar das aves ou pelo ronronar do oceano) com pinceladas de castanho (das folhas caídas, que serão o seu tapete privativo em grande parte do trilho), de cinzento-escuro (do solo carregado de fertilidade), de verde (das árvores e das trepadeiras a oscilar entre o sombrio e o luminoso) e de azuis deslumbrantes estampados no céu e no mar vislumbrado entre a vegetação nalguns pontos do percurso.


1. No ilhéu, não há construções. Apenas o bar e o restaurante onde são servidas as refeições e o pequeno-almoço (assinalados com a seta).

2. Vegetação, trepadeiras e pequenas árvores moldadas pela luz do sol: um exuberante ecossistema.

3. Ao longo de todo o percurso, centenas de caranguejos-eremitas, de todas as formas e tamanhos, mal sentem a vibração dos passos, deixam-se cair, fingindo-se mortos. Esperando um pouco, é vê-los ressuscitarem e seguirem viagem sabe-se lá para onde…

4. Uma raiz cortada apressa-se na regeneração, exibindo um batalhão de filamentos coloridos prestes a entrarem no solo vulcânico.

5. Árvores imponentes como a candeia, o marapião (boas para a construção) e a ocá (usada na construção de pirogas numa peça única).

6. A floresta, vaidosa, mira-se num espelho de água estrategicanente encaixado num tronco…

7. Entrada misteriosa, quem sabe se de um duende da floresta tropical…

8. No topo do ilhéu, o farol a funcionar em pleno.

9. De vez em quando, o mar.

10. Mesmo no final da volta, o Nelito (guia no passeio do 1.º dia à Ribeira Izé) a mostrar-se ao mundo na sua farda de segurança…

Abraço.
António

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