30/04/16

Bolo de nêspera: uma festa para o palato!

Acabado de sair do forno!

Com a época das nêsperas no auge, encontramos facilmente promoções com este fruto delicado e de sabor único e rico em fibras, vitaminas (A e C) e minerais (cobre, ferro, magnésio, etc.). 
Excelente oportunidade para inovar com esta receita (antiga e original) de um delicioso bolo de nêspera que encontrei no blogue “As receitas da avó Helena e da avó Eduarda” (AQUI). Introduzi-lhe ligeiras alterações na proporções dos ingredientes e o resultado merece ser partilhado! O contraste entre o doce da massa e a ligeira acidez dos frutos é um consolo para a alma.

Ingredientes:
.12 a 15 nêsperas (em função do tamanho) descascadas, sem a película interior e partidas em metades.
.3 ovos
.160 g de açúcar
.200 g de farinha
.1 de colher de chá de fermento
.4 colheres de sopa de margarina
.2 colheres de sopa de leite
.6 colheres de sopa de açúcar

Preparação:
1. Bata os ovos inteiros com o açúcar.
2. Junte a farinha, o fermento, a margarina derretida e o leite e bata durante alguns minutos até obter uma massa cremosa.
3. Espalha a massa num tabuleiro bem untado e polvilhado.
4. Alise a superfície da massa e disponha por cima as nêsperas com a parte de fora (côncava) virada para cima.

5. Polvilhe com 2 colheres de sopa de açúcar e leve ao forno a 180 graus durante cerca de 20 minutos.
6. Polvilhe com as restantes 2 colheres de açúcar e deverá estar cozido passados mais 20 minutos.
7. Deixe arrefecer e sirva com um cafezinho acabado de fazer.

Bom apetite!

ChefAntónio

27/04/16

Cuidado com a canela em pó!


Embora tenha propriedades anti-inflamatórias, combata os radicais livres e seja uma importante fonte de ferro e cálcio, a canela em pó pode ter efeitos secundários de fazer perder o fôlego a qualquer um.... 
Use-a para polvilhar doces e sobremesas, mas não da maneira que vai ver no vídeo abaixo publicado!

Veja o que aconteceu a esta simpática e muito expressiva jovem...

Desafio da canela, uma brincadeira perigosa no YouTube
Estudo da American Academy of Pediatrics mostra que o jogo da canela pode causar graves problemas respiratórios

"Não aceitem o desafio da canela". Este é o conselho dos médicos sobre o jogo perigoso que se está a tornar popular em vídeos do YouTube. A brincadeira de engolir canela em pó já provocou não só várias hospitalizações, mas também um aumento de chamadas para o American Association of Poison Control Centers (AAPCC).
O desafio da canela consiste em tentar engolir uma colher cheia de canela em pó e aguentar um minuto sem beber água. Contudo, e de acordo com o estudoda American Academy of Pediatrics, a simples tentativa de a engolir pode causar asfixia, irritação da garganta e problemas respiratórios, podendo mesmo causar problemas graves nos pulmões.
O estudo afirma que, em todo o mundo, pelo menos trinta jovens necessitaram de cuidados médicos no último ano depois de terem aceite o desafio. Além disso, o número de chamadas para o controlo de envenenamento aumentou de 51, em 2011, para 222, no último ano, de acordo com a AAPCC.
Milhares de vídeos no YouTube mostram adolescentes a aceitarem o desafio, “resultando numa “explosão laranja de bafo de dragão” a ser expelida das suas bocas e, por vezes, ouve-se o riso histérico dos amigos que estão a assistir”, diz ao Huffington Post Steven E. Lipshultz, co-autor do estudo e professor de pediatria na University of Miami Miller School of Medicine. “A canela é feita de casca de árvore e contem fibras de celulose que não se decompõem facilmente”, explica o professor.
Stephen Pont, porta-voz da American Academy of Pediatrics e pediatra em Austin, Texas, nos EUA, refere ainda que o estudo “é uma chamada de atenção para pais e médicos, que devem estar atentos ao que os adolescentes andam a ver na Internet”.
O testemunho de quem já experimentou
Uma adolescente de Ypsilanti, Michigan, nos EUA, que foi hospitalizada por ter tido uma paragem pulmonar depois de ter tentado superar o desafio da canela, já criou o seu próprio site para alertar os adolescentes a não aceitarem o desafio.
Dejah Reed, de 16 anos, afirma que já experimentou superá-lo quatro vezes – a última vez foi em Fevereiro e a experiência não correu bem. Foi hospitalizada durante quatro dias e voltou para casa com um inalador. Dejah disse que leu sobre este desafio no Facebook e noutras redes sociais e pensou que “seria engraçado” experimentar.
O desafio da canela junta-se a outras brincadeiras perigosas que se tornaram virais nos últimos anos, como o "planking" ou o "balconing".

Abraço!

ChefAntónio
Imagem encontrada AQUI.

24/04/16

Peixinhos da horta: um petisco medieval!

Feito e consumido há pouco!

É desconhecida a origem do nome deste petisco bem popular, admitindo-se que a explicação esteja na semelhança com pequenos peixes fritos. Também não se sabe quando foi criada, mas há registos escritos da sua existência desde a Idade Média. Em tempos de pouca abundância de recursos, esta foi uma forma engenhosa de fazer de quase nada uma iguaria, especialidade gastronómica da Estremadura.
A receita terá sido levada para o Japão, no século XVI, pelos jesuítas portugueses, podendo estar na origem da tempura (que alguns dizem ter origem na palavra portuguesa “tempero”).
São muitas as receitas disponíveis online. Variam nos ingredientes (feijão-verde, farinha, ovo, sal, pimenta e óleo para fritar, mas também sumo de limão, cerveja, bicarbonato de sódio, leite, etc.) e no tempo de cozedura do feijão (desde as receitas em que não é cozido até àquelas em que esse tempo oscila entre 3 e 7 minutos.
Será difícil encontrar uma receita mais simples do que a que vos trago hoje. Está na família há pelo menos 100 anos e era assim que a avó da minha mulher (cozinheira profissional) a confecionava. A única alteração que lhe introduzi foi a substituição do óleo por azeite.

Ingredientes para 4 doses generosas:
.100 g de farinha com fermento
.300 g de feijão-verde cozido.
Depois de retiradas as pontas, corte o feijão em 3 ou 4 troços (3 a 4 cm cada um) e coloque-o em água a ferver (com um pouco de sal) durante 7 minutos. O feijão fica macio, o que combina com o sabor delicado do polme e permite uma fritura mais rápida.
.1 ovo
.água
.sal
.pimenta
.azeite para fritar

Preparação:
1. Polme para fritar:
Junte o ovo com farinha, uma pitada de sal e outra de pimenta-preta moída no momento. Mexa muito bem e vá juntando água, até obter uma massa aveludada, sem grumos e com uma consistência semelhante à da maionese.
2. Deixe o azeite aquecer em lume médio-alto e coloque na frigideira os troços de feijão, depois de mergulhados no polme, deixando-os fritar durante 1 minuto da cada lado.
3. Retire, coloque sobre papel absorvente e sirva de imediato.
4. Pode ser uma entrada, mas, acompanhado com arroz (branco ou com grelos), é uma ótima refeição.

Abraço e boa semana para todos!

ChefAntónio

20/04/16

O milagre do sol nas minhas nêsperas!


Diz Fernando Pessoa que “o melhor do melhor do mundo são as crianças, / Flores, música, o luar, e o sol, que peca / Só quando, em vez de criar, seca.
Foi o sol desta última semana que operou o milagre nas nêsperas cá da horta. De pálidas e ácidas (excelentes para compotas) passaram a douradas e doces. Já tinha perdido a esperança, pois, sendo frutos não climatéricos, depois de colhidas, as nêsperas não amadurecem mais. Todo o processo se completa na árvore, ao contrário dos frutos climatéricos (como a banana), que continuam a amadurecer mesmo depois de colhidos.
As diversas espécies que fui plantando na última década dão frutos que variam na cor, na textura, no sabor e até na resistência às doenças. Como luzes de ouro, seduzem os olhos e iluminam a alma….


Abraço doce como nêsperas bem maduras!
ChefAntónio

16/04/16

Capuchinhos da horta!

Difícil mesmo é parar de comer o petisco… Leve, crocante, uma guloseima. Quando o invólucro do polme se quebra na boca, a essência da flor de nastúrcio liberta-se numa festa de texturas, aromas e sabores!

Matéria-prima: botões de capuchinha prestes a florir.

Já publiquei aqui alguns artigos sobre o nastúrcio. Nastúrcio é a designação mais clássica, mas em Portugal o nome mais conhecido é capuchinha, pela forma da flor a fazer lembrar um capucho (variante regional de capuz).
Cultivada em Versailles, no século XVII, o jardineiro la Quintanie fala, nas suas anotações, do consumo dos botões da planta antes de florirem confitados em vinagre. Tenho a certeza de que a receita de hoje faria as delícias de Luís XIV! Há registos escritos desde a Idade Média da famosa receita de “peixinhos da horta”, que terá sido levada para o Japão pelos portugueses na época dos descobrimentos. Adaptei-a et voilà!

Ingredientes:
.polme para fritar (100g de farinha, 1 ovo, água, 1 pitada de sal e outra de pimenta moída no momento)
.botões de capuchinha prestes a florir (10 por pessoa)
.azeite

Preparação:
1. Para fazer o polme, misture a farinha (com fermento) com o ovo e 3 colheres de sopa de água e misture bem até ficar cremoso e com uma consistência semelhante à da maionese. Sendo necessário, acrescente mais água. Junte o sal e a pimenta e envolve muito bem.

2. Mergulhe cada botão no polme e coloque-o na frigideira quando o azeite estiver quente em lume médio-alto. Deixe dourar (cerca de 1 minuto de cada lado) e coloque sobre papel absorvente.
3. Sirva de imediato!
4. Se não tem botões de capuchinha, pode utilizar flores de amor-perfeito ou fazer os tradicionais peixinhos da horta com feijão-verde. Corte as pontas do feijão e coza-o em água e sal durante 8 a 10 minutos. Passe-o no polme e frite.

Abraço.

ChefAntónio

15/04/16

Cá em casa, dia de chuva é só vantagens!

Na horta, as beterrabas-amarelas deliciam-se com a chuva!

Com a Arrábida à vista, vivo numa zona recôndita de Brejos de Azeitão. Na frente da casa, a última rua da civilização; na parte de trás, depois da horta, prados, algumas hortas e a floresta. Aqui, a chuva é uma generosa dádiva de São Pedro com múltiplas vantagens: 
.entranha-se nas árvores e as plantas, poupando-me pelo menos uma hora de trabalho a regar; 
.abastece-me o poço com a água que se infiltra mas também com um sistema de encaminhamento das águas pluviais, funcionando também como cisterna; 
.estimula o crescimento de rebentos tenros dos espargos-selvagens; 
.leva  os caracóis e caracoletas a saírem dos seus esconderijos em plena luz do dia, facilitando-me a tarefa de os apanhar na horta e no exterior. São uma excelente proteína para complementar a alimentação dos meus patos, reduzindo a despesa com trigo e milho.

Hoje, logo a seguir ao almoço, equipei-me para a aventura: botas de borracha, chapéu impermeável, guarda-chuva e dois sacos de plástico. Durante duas horas, entre chuvadas, não tive mãos a medir.


Por um lado, a emoção primitiva da recoleção de espargos que, depois de secos e acondicionados, foram congelados para um creme de espargos com coentros.

Por outro, a adrenalina da caça ao gastrópede.

As previsões meteorológicas parecem propícias para mais aventuras amanhã!
Abraço.

ChefAntónio

14/04/16

Espinafres na frigideira c/ queijo fresco!

Que tal?

Este é um daqueles pratos a que não falta nada: saudável, económico, rápido e muito fácil de preparar. Uma festa de cores, aromas e sabores!

Ingredientes para 4 doses:
.400 g de espinafres cortados em pedaços grandes
.2 dentes de alho esmagados em puré
.1 cebola grande picadinha
.queijo fresco com consistência firme (cerca de 200 g)
.azeite virgem (3 colheres de sopa)
.cominhos em pó (1 colher de chá)
.1 pitada de sal

Preparação:
1. Aqueça o azeite com os alhos e a cebola numa frigideira antiaderente e deixe estufar durante 3 minutos.
2. Junte os espinafres, tempere com os cominhos e o sal e deixe apurar em lume baixo durante cerca de 5 minutos.
3. Corte o queijo em cubos, acrescente-os aos espinafres e mexa com cuidado para passar os sabores para o queijo sem o esfarelar.
4. Passado 1 minuto, desligue o lume e sirva de imediato.

Bom apetite!

ChefAntónio

09/04/16

Colheita de flores de laranjeira para chá!

Método estranho? Talvez, mas muito eficaz!

Com a floração das cinco laranjeiras cá da horta no auge, é esta a época de aproveitar as flores que vão caindo. Para a recolha, além de telas de sombra, recorro a um velho guarda-chuva e ao guarda-sol que usamos na praia. Colocados ao contrário, funcionam na perfeição nesta sua inusitada função.

Após a recolha, as flores são postas a secar num sítio quente (mas não diretamente ao sol), recorrendo a tabuleiros caseiros feitos com caixas de fruta e rede mosquiteira.
Antes...
E depois!

Após alguns dias de secagem, é só guardar em frascos de vidro bem fechados e guardados num lugar seco. Mantêm-se durante mais de um ano em perfeito estado de conservação.

Brindo à vossa com uma infusão de flor de laranjeira bem aromática e adoçada com mel!
ChefAntónio

08/04/16

Vegetais em crosta de sal c/ molho de manjericão!


Conheço muitas receitas com vegetais, mas a que vos trago hoje é uma descoberta recente. Vi esta forma de confecionar (que já conhecia com peixe de frango) no 24Kitchen. Depois de uma pesquisa na internet, compus a delícia de hoje. Ao contrário do que possa parecer, os vegetais não ficam salgados. A crosta de sal isola-os, criando um efeito de estufa, permitindo que fiquem no ponto com os seus próprios sucos, o que lhes dá um sabor único. O nabo fica uma iguaria! É um prato económico, pouco trabalhoso e muito saudável.


INGREDIENTES:
.Nabo, batata-doce, batata, beterraba, bolbo de funcho.
.1 kg de sal marinho
.2 claras
.azeite virgem extra
.manjericão
.tomilho-limão fresco

PREPARAÇÃO:
1. Bata as claras em castelo durante cerca de 5 minutos com um garfo e junte-lhes o sal a pouco e pouco, envolvendo muito bem.
2. Coloque um camadinha de sal no fundo de um tabuleiro e sobre ela os vegetais com a pele e previamente passados por água.
3. Cubra totalmente os vegetais e leve-os ao forno (previamente aquecido) a 220 graus durante 1h15.

4. Passado o tempo, retire do forno e quebre a crosta de sal para retirar os vegetais.

5. Tire-lhes a pele (sai com facilidade) e corte em pedaços.
6. Sirva de imediato com um molho de azeite com manjericão e tomilho-limão.
Nota: Também pode optar por cenoura, cebola, rabanete, rábano, etc. No entanto, vegetais com elevada percentagem de água (como curgete e tomate) são de evitar.

Abraço e bons vegetais  para todos!

ChefAntónio

06/04/16

Os meus nastúrcios exibem flores a prometerem… receitas saborosas!

A natureza no seu melhor!

O nastúrcio (mais conhecido em Portugal como capuchinha) é uma planta originária da América do Sul e introduzida na Europa em 1684. Em França, a planta foi desde sempre utilizada na culinária, sendo na atualidade cultivada para esse efeito. É uma das flores (e folhas) mais utilizadas nos restaurantes finos, sobretudo em saladas.
No século XVII, La Quintinie, advogado, jardineiro e agrónomo francês, criador do “Potager du roi” (Horta do rei), em Versalhes, inclui o nastúrcio na lista das plantas cultivadas para o rei Luís IV. Nos comentários à planta, refere diferentes designações, descreve as suas características e diz que o botão, colhido antes de florir, é bom conservado em vinagre.
Cá na horta, tenho plantas com flores amarelas e cor de laranja, mas há muitas mais, desde o branco ao vermelho.
A maior parte das pessoas com quem tenho falado mostra-se renitente à ideia de consumir a planta. Se é o seu caso, veja o que está a perder:
1. Não é exigente em relação ao solo e resistente a parasitas, o que significa que se desenvolve bem sem adubos nem pesticidas. Um verdadeiro ex-libris de cultura biológica!
2. Os constituintes da planta mostram o seu interesse gastronómico: entre outros, flavonoides, vitamina C e ferro.
3. Os especialistas reconhecem-lhe também propriedades digestivas.
4. Quanto ao sabor, terá uma agradável surpresa: as flores (com um aroma muito agradável e adocicado) e as folhas têm um sabor ligeiramente picante a agrião. Por essa razão, é conhecida também como agrião-grande-do-méxico, agrião-do-peru e agrião-da-índia.

Principais usos culinários:
1. Botões antes de florirem:
Conserva em vinagre (uma espécie de picles).
2. Flores
Em saladas e omeletas (uma delícia!)-
3. Folhas:
a) As mais tenras dão sabor às saladas e podem ser recheadas com patês, salmão fumado, atum em conserva, etc.; 
b) As mais antigas são ótimas na sopa.
4. Sementes ainda verdes
Podem ser usadas como alcaparras.

Bom apetite!
ChefAntónio

05/04/16

Doce nêspera c/ canela e vinho do Porto!

 Acabadinho de fazer!

As primeiras nêsperas estão a amadurecer. Este ano, estão um pouco ácidas, o que é excelente para os doces. Este é um doce típico dos Açores e, quando, há uns meses, estive no Faial, falei com uma senhora que faz e vende doces de nêspera. Trocámos informações. Disse-lhe que uso uma infusão forte de erva-príncipe (o que fui buscar a uma muito antiga tradição doceira de São Tomé e Príncipe) e fiquei a saber que ela usa as nêsperas com a pele. Comprei-lhe um frasquinho e fiquei convencido. Não se sente a pele e a consistência do doce ganha com a pectina da casca. Logo, passei a fazer também os meus doces de nêspera com a pele, retirando apenas a película situada na zona junto ao caroço. Menos trabalho e mais sabor!

Ingredientes:
.1 kg de nêsperas sem caroços e cortadas aos quartos.
.500 g de açúcar amarelo
.2 paus de canela
.20 cl de infusão forte de erva-príncipe (ou lúcia-lima)
.8 colheres de sopa de vinho do Porto

Preparação:
1. Num tacho antiaderente, junte as nêsperas com a infusão de erva-príncipe e deixe cozer em lume brando durante 20 minutos.
2. Triture muito bem o preparado até obter um puré cremoso.
3. Junte o açúcar, a canela e o vinho do Porto e deixe apurar em lume muito baixinho durante mais cerca de 45 minutos, juntando, se necessário, mais líquido da infusão.
4. Coloque em frascos previamente esterilizados, deixe arrefecer e tape.
5. Dada a redução na quantidade de açúcar, guarde no frigorífico, onde se conservará durante pelo menos seis meses.
SUGESTÃO: Torre uma fatia fina de pão, barre com este doce e acompanhe com um chá de hortelã-chocolate acabadinho de fazer.

Abraço doce para todos!

ChefAntónio

04/04/16

Salada de alface c/ aroma de salva!

Consumida ao jantar, logo após a foto para a posteridade...

A receita que vos trago hoje é uma surpresa de sabores. Uma senhora inglesa falou-me do uso comum no Reino Unido da salva como aromatizante de azeite. Como das mais 900 existem no mundo, tenho duas espécies de salva viçosa (e a florir pela primeira vez), resolvi usar as folha numa salada de alface. Experimente e vai apreciar esta nova forma de temperar.

À esquerda, a salvia officinalis; não conhece o nome da da direita.  


Ingredientes:
.1 alface
.12 folhas de salva frescas
.4 colheres de azeite virgem extra
.vinagre (usei balsâmico)
.1 pitada de sal


Preparação:
1. Coloque as folhas de salva no azeite já quente e deixe fritar durante cerca de 1 minuto de cada lado.
2. Retire as folhas (e coloque-as sobre papel absorvente) e deixe o azeite ficar frio.
3. Depois de lavadas, corte as folhas (com a mão) em pedaços e tempere-as com o azeite onde fritou as folhas de salva.
4. Coloque as folhas de salva sobre a salada e está pronto!
5. As folhas ficam crocantes e desfazem-se mal entram na boca. Um verdadeiro petisco com propriedades digestivas.

Boas saladas para todos!

ChefAntónio

03/04/16

Novo tipo de gastrópode na horta!

Ei-lo formoso e bem seguro do que quer: as minhas alfaces!

Tenho uma verdadeira coleção de moluscos gastrópedes na horta. Até hoje, entre caracóis, lesmas e búzios terrestres, tinha catalogado sete tipos diferentes. Há pouco, durante uma caçada noturna com lanterna, encontrei numa das estufas uma espécie de búzios que nunca tinha visto. Ao contrário dos restantes, que serão um petisco altamente proteico para os meus patos, este espécime teve um estatuto de exceção: vai continuar a banquetear-se com as minhas alfaces tenramente biológicas. Se se reproduzir, logo se vê…

Abraço para todos nesta noite chuvosa!

ChefAntónio

01/04/16

Fitas de cenoura c/ molho de poejos!


Pela-se por receitas saborosas e saudáveis, simples, económicas e rápidas de confecionar, que possam ser consumidas quentes ou frias? Então, a entrada que lhe proponho será garantidamente do seu agrado. O recurso ao micro-ondas facilita a preparação.

Ingredientes:
.2 cenouras grandes
.2 dentes de alho esmagados em puré
.3 colheres de sopa de azeite virgem extra
.2 colheres de sopa de poejos picadinhos (ou coentros)
.pimenta-preta moída no momento
.sal
.vinagre balsâmico (opcional)

Preparação:
1. Prepare o molho, com o azeite, os alhos, os poejos, uma pitada sal e outra de pimenta. Mexa bem e reserve.
2. Tire a pele às cenouras e corte-as em fitas com um descascador de legumes.
3. Coloque as fitas num pirex, regue com o molho e envolve com cuidado.
4. Tape e coloque a cozer no micro-ondas durante 5 minutos na potência máxima.
5. Mexa para distribuir o molho por toda a cenoura e conte mais 5 minutos na potência máxima.
6. A sua entrada (ou acompanhamento) está pronta!
7. No momento de servir, querendo espevitar a doçura da cenoura, pode juntar um borrifo de vinagre balsâmico.

Bom apetite!

ChefAntónio