A natureza no seu melhor!
O nastúrcio (mais conhecido em Portugal como capuchinha) é uma
planta originária da América do Sul e introduzida na Europa em 1684. Em França,
a planta foi desde sempre utilizada na culinária, sendo na atualidade cultivada
para esse efeito. É uma das flores (e folhas) mais utilizadas nos restaurantes
finos, sobretudo em saladas.
No século XVII, La Quintinie, advogado, jardineiro e agrónomo francês, criador do “Potager
du roi” (Horta do rei), em Versalhes, inclui o nastúrcio na lista das plantas
cultivadas para o rei Luís IV. Nos comentários à planta, refere diferentes
designações, descreve as suas características e diz que o botão, colhido antes de
florir, é bom conservado em vinagre.
Cá na horta, tenho plantas com flores amarelas e
cor de laranja, mas há muitas mais, desde o branco ao vermelho.
A maior parte das pessoas com quem tenho falado
mostra-se renitente à ideia de consumir a planta. Se é o seu caso, veja o que
está a perder:
1. Não é exigente em relação
ao solo e resistente a parasitas, o que significa que se
desenvolve bem sem adubos nem pesticidas. Um verdadeiro ex-libris de cultura
biológica!
2. Os constituintes da
planta mostram o seu interesse gastronómico: entre outros, flavonoides,
vitamina C e ferro.
3. Os especialistas
reconhecem-lhe também propriedades digestivas.
4. Quanto ao sabor, terá uma
agradável surpresa: as flores (com um aroma muito agradável e adocicado) e as
folhas têm um sabor ligeiramente picante a agrião. Por essa razão, é conhecida
também como agrião-grande-do-méxico, agrião-do-peru e agrião-da-índia.
Principais usos culinários:
1. Botões antes de florirem:
Conserva em vinagre (uma espécie de picles).
2. Flores:
Em saladas e omeletas (uma delícia!)-
3. Folhas:
a) As mais tenras dão
sabor às saladas e podem ser recheadas com patês, salmão fumado, atum em conserva,
etc.;
b) As mais antigas são ótimas na sopa.
4. Sementes ainda verdes:
Podem ser usadas como alcaparras.
Fontes consultadas:
Bom apetite!
ChefAntónio
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