Na horta, as beterrabas-amarelas deliciam-se com a chuva!
Com a Arrábida à vista, vivo numa zona recôndita de Brejos de Azeitão.
Na frente da casa, a última rua da civilização; na parte de trás, depois da
horta, prados, algumas hortas e a floresta. Aqui, a chuva é uma generosa dádiva
de São Pedro com múltiplas vantagens:
.entranha-se nas árvores e as plantas, poupando-me
pelo menos uma hora de trabalho a regar;
.abastece-me o poço com a água que se
infiltra mas também com um sistema de encaminhamento das águas pluviais,
funcionando também como cisterna;
.estimula o crescimento de rebentos tenros dos
espargos-selvagens;
.leva os caracóis e
caracoletas a saírem dos seus esconderijos em plena luz do dia, facilitando-me
a tarefa de os apanhar na horta e no exterior. São uma excelente proteína para
complementar a alimentação dos meus patos, reduzindo a despesa com trigo e
milho.
Hoje, logo a seguir ao almoço, equipei-me para a
aventura: botas de borracha, chapéu impermeável, guarda-chuva e dois sacos de
plástico. Durante duas horas, entre chuvadas, não tive mãos a medir.
Por um lado, a emoção primitiva da recoleção de espargos que,
depois de secos e acondicionados, foram congelados para um creme de espargos
com coentros.
Por outro, a adrenalina da caça ao gastrópede.
As previsões meteorológicas parecem propícias para mais
aventuras amanhã!
Abraço.
ChefAntónio
Sem comentários:
Enviar um comentário