Difícil mesmo é parar de
comer o petisco… Leve, crocante, uma guloseima. Quando o invólucro do polme se quebra
na boca, a essência da flor de nastúrcio liberta-se numa festa de texturas,
aromas e sabores!
Matéria-prima:
botões de capuchinha prestes a florir.
Já publiquei aqui alguns artigos sobre o nastúrcio. Nastúrcio é a designação mais clássica, mas em Portugal o nome mais conhecido é capuchinha, pela forma da flor a fazer lembrar um capucho
(variante regional de capuz).
Cultivada em Versailles, no século
XVII, o jardineiro la Quintanie fala, nas suas anotações, do consumo dos
botões da planta antes de florirem confitados em vinagre. Tenho a certeza de que a receita
de hoje faria as delícias de Luís XIV! Há registos escritos desde a Idade Média
da famosa receita de “peixinhos da horta”, que terá sido levada para o Japão
pelos portugueses na época dos descobrimentos. Adaptei-a et voilà!
Ingredientes:
.polme para fritar (100g de
farinha, 1 ovo, água, 1 pitada de sal e outra de pimenta moída no momento)
.botões de capuchinha
prestes a florir (10 por pessoa)
.azeite
Preparação:
1. Para fazer o polme, misture a farinha (com fermento) com o ovo e 3 colheres de sopa de água e misture bem
até ficar cremoso e com uma consistência semelhante à da maionese. Sendo necessário, acrescente mais água. Junte o sal e a pimenta e envolve muito bem.
2. Mergulhe cada botão no
polme e coloque-o na frigideira quando o azeite estiver quente em lume médio-alto.
Deixe dourar (cerca de 1 minuto de cada lado) e coloque sobre papel absorvente.
3. Sirva de imediato!
4. Se não tem botões de
capuchinha, pode utilizar flores de amor-perfeito ou fazer os tradicionais
peixinhos da horta com feijão-verde. Corte as pontas do feijão e coza-o em água
e sal durante 8 a 10 minutos. Passe-o no polme e frite.
Abraço.
ChefAntónio
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