De um laranja intenso, momentos antes de ser assada no forno...
Abóbora – 10 000 anos de história!
Existem de todos os tamanhos e cores, podendo ser
confecionadas de quase todas as maneiras e feitios: são assim as abóboras.
Sabe-se que são essencialmente originárias do
continente americano (foram encontrados vestígios arqueológicos de sementes de
abóbora com cerca de dez mil anos no Peru, no Equador e no México) e foram
disseminadas um pouco por todo o mundo no século XVI, graças aos viajantes
espanhóis, que descobriram este tesouro alimentar com a colonização. Grandes,
pequenas, redondas, ovais… com tonalidades de polpa que vão do amarelo muito
claro, quase branco, ao laranja escuro e cores de casca oscilando entre o
laranja e o verde, a família das abóboras é vasta.
A abóbora hokkaido
Trago-vos hoje uma espécie que não conhecia e que
encontrei à venda no supermercado Aldi.
A abóbora hokkaido, de origem asiática, é redonda,
mas achatada, e a casca tanto pode ser vermelha, rosada, bronze, verde ou cor
de laranja intenso. A polpa laranja é pouco sumarenta, mas muito doce, e a sua
casca pode ser cozinhada com a polpa, enriquecendo-lhe o sabor.
O sabor é marcado por um doce intenso com uma
textura farinhenta a fazer lembrar uma mistura de batata-doce com cenoura.
Assada no forno com azeite, um pouco de sal e umas pitadas de noz-moscada e
cominhos, ficou deliciosa.
Abraço.
Chef António
Interesse nutricional da abóbora – impressionante!
Uma das mais-valias das abóboras é a sua riqueza
em tocoferóis, substâncias da família da vitamina E, que é reconhecidamente um
dos antioxidantes mais poderosos no combate aos radicais livres. Apesar de
poder encontrar-se em suplementos multivitamínicos, não restam dúvidas de que a
forma natural (alfa-tocoferol) é a melhor, logo, não há suplemento que
vença a abóbora. As abóboras são também ricas em betacaroteno, substância que previne o cancro, os derrames, as cataratas e os problemas cardíacos. Com boa quantidade de vitamina C e potássio, cálcio e fósforo, vitaminas do complexo B e quase nenhuma gordura, são um verdadeiro cocktail de benefícios. Mas não se pense que estes se ficam pela polpa.
vença a abóbora. As abóboras são também ricas em betacaroteno, substância que previne o cancro, os derrames, as cataratas e os problemas cardíacos. Com boa quantidade de vitamina C e potássio, cálcio e fósforo, vitaminas do complexo B e quase nenhuma gordura, são um verdadeiro cocktail de benefícios. Mas não se pense que estes se ficam pela polpa.
O uso das sementes das abóboras como
desparasitante e fonte de zinco (mineral indispensável ao bom funcionamento do
sistema imunológico e útil no tratamento da próstata aumentada) já era bem
conhecido, mas hoje sabe-se que estas pequenas “cápsulas” naturais comportam
muitos mais benefícios. São também ricas em potássio, que tem um efeito
importante no controlo da pressão arterial, e (tal como a polpa) em vitamina E.
Além disso, têm um elevadíssimo teor em fibras (maior que as lentilhas, os
feijões ou o pão integral, por exemplo) sendo ótimas para regular o trânsito
intestinal e eliminar substâncias tóxicas.
Além de serem uma delícia quando torradas e
salgadas, constituindo um energético e nutritivo aperitivo, as sementes de
abóbora podem ser adicionadas a pães, bolos ou massas, inteiras ou moídas em
farinha. Esta é uma ótima razão para não desperdiçar as sementes da abóbora e
fazer deste fruto um dos seus aliados de peso numa alimentação saudável.
O cultivo das abóboras espalhou-se por todo o
mundo quando os exploradores europeus regressaram das suas viagens com várias
novidades agrícolas do Novo Mundo. Uma das novidades foi a abóbora, cuja
existência há quase dez mil anos em assentamentos agrícolas do Peru já foi
comprovada. Também no Equador e México foram encontrados vestígios
arqueológicos de sementes de abóbora com cerca de dez mil anos. Atualmente, os
principais produtores mundiais de abóboras incluem os Estados Unidos, o México,
a Índia e a China (neste país, a abóbora é utilizada como alimento, mas também
tem ampla aplicação na medicina tradicional – o seu uso como tratamento para os
parasitas já surge relatado no século XVII).