Para que será o pau pendurado ao pescoço da cabra?
Trago-vos três apontamentos interessantes.
1. Em Bissau
Uma das primeiras histórias que me contaram foi a de um
bode branco bissauense. O famoso ruminante dá nome à rotunda junto ao sítio onde reside: “rotunda
do bode branco”.
Passei por lá e vi o animal ao vivo: um verdadeiro ancião de barbas brancas e ar filosófico. Disseram-me que os donos das cabras das redondezas as levam ao bode branco para um “tête-à-tête” de reprodução “garantida”…
Passei por lá e vi o animal ao vivo: um verdadeiro ancião de barbas brancas e ar filosófico. Disseram-me que os donos das cabras das redondezas as levam ao bode branco para um “tête-à-tête” de reprodução “garantida”…
2. Pelo país
As cabras encontram-se em todo o país e são
transportadas de todas as maneiras: de bicicleta, mota ou no topo das candongas
(carrinhas que transportam passageiros entre localidades). E lá vão elas amarradas, às vezes precariamente, com ar resignado e muito pouco filosófico...
3. Nas tabancas (aldeias)
Sempre que saía de Bissau via as cabras com um pau
pendurado ao pescoço, na horizontal. Pensei
que fosse uma forma de limitar os movimentos dos animais para não se afastarem.
Para confirmar (ou não) a hipótese, perguntei a um amigo guineense. A resposta
foi surpreendente…
A vara, estrategicamente colocada, impede as cabras de
entrarem nas hortas. Basta colocar as vedações com espaços entre cada pau com
uma largura inferior ao comprimento da vara colocada ao pescoço dos animais. Matemática simples e muito engenhosa!
Abraço.
António
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