Cronista sofre!... Sem fotos para ilustrar a história de hoje, tive de abraçar a “árdua” tarefa de ir comprar gin, lima e água
tónica. Tudo para obter a imagem que abre o artigo. Claro que,
depois de ter posado para a objetiva, a bebida não ia ser desperdiçada…
Dizem as boas línguas de Bissau que o melhor gin tónico da cidade é servido no bar “A
Garagem”. Já lá tínhamos ido uma vez, mas só a Rosário pediu o famoso gin. Eu provei e a Edite cheirou.
Quando se aproximava a data do meu regresso a
Lisboa, resolvemos dar uma alegria à Rosário e voltar ao local.
Convidámos o Comandante Madureira e, no dia
estabelecido, logo após o jantar, lá fomos. Havia festa e comes e bebes nas
imediações do bar, pelo que a animação era mais que muita.
Instalámo-nos numa mesa no
exterior, ao ar livre, mas, quando íamos fazer o pedido, o dono veio dizer-nos
que era melhor irmos rapidamente para o interior, pois vinha aí uma forte
tempestade.
E vinha mesmo! Mal entrámos, levantou-se um vento
fortíssimo e a uma chuva torrencial instalou-se de armas e bagagens, pondo em
debandada os foliões que estavam a curtir a festa no exterior.
Chegaram os gins e, como não podia deixar de ser,
fizemos ali uma festa. A Rosário, o Comandante e eu a bebericar o gin (lindo, num copo alto cheio de cubos
de gelo e rodelas de lima) e a Edite, sempre mais ajuizada, a ver se nos
portávamos bem.
Depois de um convívio bem regado,
aproveitando uma aberta na tempestade, saímos, animados. O
Comandante à frente, a Edite a seguir, a Rosário e eu a fechar a fila.
O momento “alto” da noite estava prestes a
acontecer…
Pouco depois de termos saído do bar e virado à
esquerda, a Rosário ia muito faladora e feliz, como todo o grupo. Depois de ter
tropeçado em qualquer coisa, começou, literalmente, a cair aos poucos como se
estivéssemos a viver a cena de um filme em câmara lenta. Quando ela ia meio
caminho em direção ao chão, baixei-me com a rapidez que pude, tentando
agarrá-la. Tudo em vão, pois o que tem de ser tem mesmo muita força!
A nossa amiga enfermeira caiu com a elegância possível e, como uma rã, esticou-se ao comprido no piso de terra da rua, cheio de buracos generosamente preenchidos pela água da chuva acabada de cair.
Saiu-lhe algo do tipo “Épá, caraças!”, enquanto a
ajudávamos a levantar-se e a questionávamos: “Tás bem?”, “Magoaste-te?”,
“Aleijaste-te?”
Que sim, que estava bem, que não tinha sido nada!
“Épá, tou toda suja!”, constatou ela pouco depois
quando percebeu que tinha a roupa num estado lastimável: com lama e ensopada.
Regressados ao Bairro da Cooperação, despedimo-nos
e lá foram a roupa da Rosário e ela própria para a barrela!
Nota: Depois de ter publicado artigo, recebi as fotos tiradas no dia da aventura pela Edite com a máquina da Rosário. Aqui fica uma delas:
A Rosário, o Comandante e o vosso cronista!
Para fazer o gin,
estudei neste “manual”: “Como fazer o gin tónico perfeito” (http://observador.pt/2015/06/26/gin-tonico-perfeito/)
Abraço!
António
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